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Sociedade que construímos

Se queremos e buscamos uma sociedade justa e humana, devemos repensar nossa existência


postado em 15/09/2019 04:00 / atualizado em 14/09/2019 20:27

Walber Gonçalves de Souza
Professor e escritor

 

O ser humano é complexo, isso não é novidade. Somos racionais, emotivos, afetivos, instintivos... e estamos sempre em busca da tão sonhada e almejada felicidade. Outro sentimento que ninguém explica, mas que é real e periodicamente vivido por todos.

Na vida cotidiana, estamos sempre na eterna busca de explicações, para questionamentos intermináveis. Somos imprevisíveis e insaciáveis!

Quando nos deparamos com o novo, nos assustamos... criando assim um paradoxo, algo contraditório, pois buscamos aquilo que não queremos encontrar. Pois quando o novo acontece o medo assume o lugar da alegria. A situação almejada não provoca entusiasmo, mas sim constrangimento.

Nesse momento, ao ver aquilo que buscamos ser espantado pelos nossos medos, nasce a frustração. O bom combate já não é mais vivido, e esse lugar é preenchido pela angústia. O sonho vira pesadelo! E da angustia as doenças do século.

Desde que o ser humano começou a viver em sociedade "organizada", ao mesmo ritmo em que ela foi se estruturando, proporcionalmente foram nascendo os ritos, os mitos, as morais, as normas... e tudo mais que conduziu a humanidade ao aprisionamento de si e à perca da veracidade de suas atitudes.
Para constatarmos isso, basta, apenas, observar a discrepância de nossos desejos, sonhos, palavras... de nossas ações e atitudes. São dois mundos, duas realidades, aquilo que vivemos em contraposição àquilo que queremos viver.

Pode-se constatar esta realidade em alguns exemplos rotineiros, tais como: na escola, o aluno que é estudioso é discriminado pelos próprios colegas; o professor que é exigente é considerado fora de moda e tradicional demais; o funcionário público honesto e prestativo é burro, parece nadar contra a maré; o ser humano que busca a verdade não serve, e muitos começam a ter vergonha de ser honestos.

Os que servem são os humanos passivos, que aceitam e mantêm o sistema; o policial que cumpre sua função é maluco, pois mexer com bandido é melhor fazer vista grossa; o político que é decente não serve, preferimos votar naquele que nos favorece; o médico humanitário não presta, pois não atende ao interesse da classe a que pertence; o comerciante que é honeste não cresce; e assim vamos vivendo, criando e recriando uma sociedade de não-valores, onde o bom é ser ruim. Ser honesto e verdadeiro é sinônimo de fracasso, de ficar à margem da sociedade hipócrita... é sinônimo de ser uma vergonha, de ser como um zé- ninguém. Se queremos e buscamos uma sociedade justa e humana, devemos repensar nossa existência, devemos repensar nossa ética, nossos valores. Não aqueles que estão nos papéis, pois são belos demais; devemos repensar aqueles que vivemos, pois são desses que nascem as vitórias e as derrotas, nascem o amor e o ódio, nascem a vida e a morte!


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