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Estado de Minas

Empreender pode ser a saída ao desemprego

Não existe uma orientação universal na hora de empreender


postado em 07/08/2019 04:00


Manoel Suhet
Expert em estratégia, vendas, marketing, operações globais, comércio eletrônico e tecnologia

Frente ao desemprego crescente no Brasil, aumentou em 51% o número de empreendedores que atuam na informalidade no país. Eles empregaram 1,87 milhão de pessoas no primeiro trimestre de 2018, 311 mil a mais do que 2017, conforme microdados da pesquisa domiciliar do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O avanço entre os trabalhadores por conta própria com CNPJ, que reúne os chamados MEIs, foi ainda maior. Em março deste ano, foi atingida a marca nacional de mais 8,1 milhões de microempreendedores formais, conforme dados do Portal do Empreendedor do governo federal. Apenas no primeiro trimestre deste ano, o Brasil ganhou 379 mil novos microempreendedores individuais.

Essa onda de iniciativas cresceu não apenas no Brasil, mas também no exterior. Os Estados Unidos são o principal destino escolhido por empreendedores brasileiros que buscam uma saída e um futuro melhor. Mas vale lembrar que começar a empreender, ainda mais em um cenário de crise como no Brasil, atualmente, requer cautela e planejamento.

Novos empreendedores no Brasil estão recorrendo ao FGTS e poupança para obter os recursos necessários para o primeiro passo. Mas é preciso ter cuidado para não extrapolar o limite e também evitar prejuízos. Planejamento é a palavra. Temos uma geração que viveu um cenário de hiperinflação, onde, um dia, o dinheiro valia e, no dia seguinte, já não se podia mais contar com ele. Isso, infelizmente, gerou o hábito de não planejar o futuro. Esta é a mais importante dica para quem pretende empreender: estar aberto à cultura do planejamento.

A segunda dica é buscar apoio consultivo de especialistas de mercado. Uma análise de marketing profisional pode garantir o caminho correto e o sucesso do novo negócio. Essa etapa evita que o novo empreendimento faça parte de uma triste estatística brasileira: de cada quatro empresas abertas, uma fecha antes de completar dois anos de existência no mercado, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

É por meio do chamado business plan que será possível 'olhar pra frente'. Ele é um dos maiores aliados do empreendedor para estruturar a empresa. A partir dele, é possível ter todo o direcionamento de mercado necessário para o negócio. Muitos empresários atuam em áreas de serviços ou produtos que podem, se bem orientados, alçar voos até mesmo no exterior.

A criatividade do brasileiro transpõe fronteiras. Nos EUA, por exemplo, temos casos de empreendedores que apostaram na inovação e não teriam o mesmo sucesso caso estivessem no Brasil. Essa visão de internacionalização do negócio somente um profissional poderá auxiliá-lo a obter. Também é preciso considerar que não existe uma orientação universal na hora de entrar no empreendedorismo. Não existe fórmula mágica. Mas planejar é, sim, o primeiro passo.



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