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A real do Brasil

Está nas mãos do governo e do Congresso construir uma agenda conjunta que esteja acima de picuinhas políticas


postado em 30/06/2019 04:07

Não há dúvidas de que, nos últimos 25 anos, desde o lançamento do Plano Real, o Brasil passou por um grande processo de transformações. O maior dos impostos incidentes sobre a população mais pobre, a hiperinflação, que perdurou por quase três décadas, foi vencido e o país pôde, enfim, colocar em prática importantes políticas sociais para reduzir as desigualdades gritantes. Não por acaso, mais de 50 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado de consumo.

O real forte e a inflação mais próxima do mundo civilizado permitiram às famílias satisfazer boa parte de suas necessidades. Com crédito farto, compraram eletrodomésticos, carros e até a casa própria. No meio do caminho, porém, boa parte das conquistas se perderam devido a escolhas erradas do governo. O presidente de plantão acreditou que poderia inventar a roda, interveio com mão de ferro na economia e o resultado, como era de se esperar, foi desastroso. O Brasil mergulhou na recessão e o desemprego disparou — mais de 13 milhões estão em busca de um trabalho.

Se a inflação continua sob controle — este será o terceiro ano seguido que o custo de vida ficará abaixo da meta perseguida pelo Banco Central — e a taxa básica de juros (Selic) está no menor nível da história, há muito por ser feito para recolocar o país nos trilhos. Não há como falar em tempos melhores para os brasileiros se não houver crescimento econômico. É esse o único instrumento que permitirá a retomada do mercado de trabalho e a recuperação da dignidade daqueles que hoje não têm de onde tirar o sustento.

O caminho do crescimento passa pela arrumação das contas públicas, que implica a aprovação da reforma da Previdência Social, pela melhoria do sistema tributário, por um ambiente de negócios mais favorável e, sobretudo, por uma educação de qualidade. Se o Brasil fizer o dever de casa como deve ser feito, finalmente deixará para trás o atraso que tanto nos envergonha. Não pode uma das 10 maiores economias do mundo continuar a ser uma das nações mais desiguais do planeta.

O que deve ser feito, todos sabem. Está nas mãos do governo e do Congresso construir uma agenda conjunta que esteja acima de picuinhas políticas. Todos — presidente, deputados e senadores — foram eleitos, legitimamente, para representar o povo e a ele servir. Portanto, que os senhores que estão no poder aproveitem os avanços conquistados nesses 25 anos do Real para garantir que as próximas décadas sejam de prosperidade contínua. O Brasil merece.


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