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Estado de Minas

Um guardião da Justiça


postado em 26/06/2019 04:07

Pode parecer lugar comum dizer que a perda de determinada pessoa é irreparável, mas há situações em que esta expressão é insubstituível. É o que ocorre agora, quando queremos nos manifestar sobre a morte do professor Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza, ocorrida no último dia 21.

Jurista, professor, gestor, editor, articulista, em todas as suas atividades ele assumiu dois temas como centrais: a justiça e a fraternidade, a boa convivência entre as pessoas.

Durante mais de 40 anos, ele se dedicou ao Poder Judiciário, exercendo as mais variadas funções, seja junto ao Tribunal de Justiça, como diretor-geral, seja na Escola Judicial Edesio Fernandes (Ejef), na qual contribuiu, decisivamente, para a formação de inúmeros magistrados e servidores.

Como docente, trabalhou, também, na Faculdade de Direito Milton Campos, na qual foi agraciado com o título de professor emérito, na Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, além de ter sido diretor-adjunto da Escola Nacional da Magistratura. Foi, ainda, assessor judiciário da Organização das Nações Unidas (ONU), tendo dirigido projetos de normas judiciárias para o Timor-Leste.

Autor de diversos artigos e livros jurídicos, foi editor-adjunto da Del Rey, uma das mais expressivas editoras de livros jurídicos do país, condição que conquistou, em grande parte, pela sua capacidade de atrair bons autores e pelo cuidado com que se dedicava às edições.

Destacou-se, também, pelos textos literários, em especial aqueles em que tratava da cultura portuguesa, de que era um aficionado; era um lusófilo, como gostava de dizer. Boa parte de seus artigos, ele os publicou no Estado de Minas, em que manteve coluna durante bom tempo. Por sua obra literária, chegou à titularidade na Academia Mineira de Letras, sendo o quinto ocupante da cadeira de número sete.

A riqueza do currículo do professor Ricardo Fiuza, todavia, não superava a sua lhaneza de trato, sua fidalguia e sua generosidade no contato com as pessoas, conjunto que o transformou em uma unanimidade no Tribunal de Justiça, tanto junto aos magistrados quanto junto aos servidores, que viam nele um companheiro e jamais um superior, sempre dedicado a cumprir um só objetivo: tornar a aplicação da Justiça cada vez mais eficaz e célere.

Sua perda, como disse, é irreparável, e em homenagem a ele o que nos resta é continuar perseguindo esse objetivo que norteou toda a sua vida.


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