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Criptomoedas no setor empresarial

Há estudos que indicam o benefício tributário nas transações com o uso das criptomoedas


postado em 24/06/2019 04:05

Vivemos num país com demasiada burocracia e com um número extremamente elevado de normas taxativas, o que leva os empresários a estar em constante análise da viabilidade de determinadas transações e de seus negócios, chegando até mesmo à desistência. Esse fato leva à desaceleração da economia e contribui, frontalmente, para os números desanimadores.

Por esse motivo, o setor empresarial vem em constante busca de alternativas legais que viabilizem determinados tipos de transações, considerando que algumas delas são cruciais ao desenvolvimento da atividade e até mesmo para o fomento do negócio.

Existe uma gama de possibilidades de redução de custos nos negócios empresarias, tais como na venda de produtos e serviços, seja no varejo ou atacado, na alienação de bens, mas, atualmente, nada comparado às chamadas criptomoedas. Sim, elas aparecem agora, não só como uma opção de investimento, mas para revolucionar o mercado em razão da sua aceitação como meio de aquisição de produtos e serviços. Vejamos alguns pontos que merecem ser considerados.

Pela legislação brasileira, estamos todos sujeitos a uma das maiores cargas tributárias do mundo, e isso é um dos pontos de maior relevância na tomada de decisões dos empresários. Há estudos que indicam o benefício tributário nas transações com uso das criptomoedas. No entanto, a Receita Federal já vem se posicionando a respeito, exigindo sua declaração para tributação sobre o ganho de capital. Mas como ficam os outros tributos, tanto os federais, estaduais ou municipais? A resposta, na largada, já deve barrar no princípio constitucional da legalidade tributária, que determina que não haverá instituição nem majoração de tributo sem lei que estabeleça. Sendo assim, para a tributação sobre as criptomoedas, deve haver lei específica, passada e aprovada pelo Poder Legislativo, o que, ainda assim, deverá estar dentro da regra da anterioridade, ou seja, a norma não irá retroagir sobre as transações realizadas até então. 

Por esse motivo, vale a reflexão sobre o certo ou errado do posicionamento da Receita Federal, inclusive pela contrariedade da qualificação das criptomoedas, eis que para a Receita Federal são ativos financeiros e para o Banco Central não são consideradas moedas fiduciárias. 

Ter legislação específica para instituição de tributação sobre as criptos não é somente o ponto essencial sobre o tema tributação; falta regulamentação sobre o modus operandi da sua contabilização e analisando que as referidas moedas sejam retidas em wallets e as operações são realizadas através da tecnologia blockchain, podem conferir um anonimato de quem é de fato o contribuinte.

Sendo assim, valendo da premissa de que as criptomoedas não são moedas fiduciárias, definiu-se que elas, quando não utilizadas como forma de investimento, são utilizadas como meio de troca e não pagamento, o que vem ocorrendo no varejo. A aceitação das criptos como meio de pagamento no comércio é uma realidade no exterior e começa a atingir o Brasil de uma maneira exponencial.

Essas operações, extremamente novas, mas que já fazem parte da realidade mundial, trazem agilidade, desburocratização, economia, sem governo ou bancos como intermediários, o que traz taxas consideravelmente inferiores e sem substitutivos do dinheiro, que é o caso dos cartões. Mas, sim, trata-se de operações como "dinheiro" de fato, valendo grande consideração a questão da segurança trazida pela tecnologia blockchain que cria um sistema anti-hacking, o que torna impossível fraudar as operações.

Diretamente falando, a fase de comprar criptos e aguardar unicamente sua valorização para vendê-las ficou para trás, agora elas podem ser "utilizadas" de fato. Muitos setores comerciais já aceitam criptos como pagamento no exterior e no Brasil como meio de troca, e grandes nomes do mercado já se pronunciaram sobre a aceitação. Basta uma simples pesquisa para confirmação. Levando em consideração que no mundo varejista existe a premissa que "quem sai na frente colhe melhores resultados", grandes players já se pronunciaram sobre essa aceitação.

A realidade é bastante clara: é uma nova visão, uma nova possibilidade e, talvez, uma nova economia. Se o blockchain está sendo chamado de "nova internet", e a utilização das moedas no varejo de "nova economia", resta-nos  acreditar que manter o pensamento na economia do passado deixará a atividade de quem assim pensar obsoleta.  


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