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O drama dos sem-emprego

Além de jogar pesado para a aprovação da reforma da Previdência, o governo deve apresentar um conjunto de medidas que tornem o ambiente de negócios mais amigável


postado em 22/06/2019 04:07

É assustador ver, Brasil afora, imagens de filas de trabalhadores em busca de uma oportunidade, muitas vezes, para ganhar um salário mínimo por mês. O desespero com que os candidatos a essas vagas falam traduz o drama do desemprego que se tornou a maior praga brasileira. São mais de 13 milhões de pessoas que não têm de onde tirar o sustento de suas famílias. A mazela atinge, principalmente, os mais jovens, que deveriam estar sendo presenteados por um futuro promissor.
Um dos mais recentes exemplos desse quadro estarrecedor foi visto na capital do país, onde boa parte da população vive em uma bolha em que a vida real parece filme de ficção. Em Samambaia, cidade há pouco mais de 20 quilômetros do Palácio do Planalto, a sede do governo, milhares de cidadãos passaram a noite ao relento, enfrentando frio de nove graus, a fim de entregar currículos para uma unidade de supermercado que nem abriu as portas.
É triste constatar que essa situação não mudará tão cedo. No comunicado liberado após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na última quarta-feira, o Banco Central afirmou que a economia simplesmente parou. Na verdade, passou a afundar, tanto que, no primeiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) teve queda de 0,2% e é possível que repita esse resultado entre abril e junho. Sem crescimento, não há como se falar em geração de empregos.
A expectativa inicial para este ano era de que, com o fortalecimento da atividade econômica, o Brasil criasse pelo menos 2 milhões de empregos. Hoje, acredita-se que nem a metade dessas vagas será aberta. É desalentador, pois continuaremos a ver a pobreza aumentar. Muitas das famílias que, nos últimos anos, provaram as delícias do consumo agora não conseguem pagar contas básicas, como as de água e luz. Vários lares passaram a recorrer ao fogão a lenha.
Para que esse cenário não desande de vez – alguns economistas dizem que o Brasil está flertando com a depressão econômica –, o governo precisa agir rapidamente. Além de jogar pesado para a aprovação da reforma da Previdência, deve apresentar um conjunto de medidas que tornem o ambiente de negócios mais amigável. Sabe-se que as empresas estão capitalizadas e dispostas a ampliar suas operações. Mas só o farão se tiverem confiança no país.
É importante ressaltar que confiança não se constrói do dia para a noite. Será, portanto, necessário percorrer uma longa estrada de bom senso. Isso exigirá do governo e do Congresso responsabilidade em suas decisões. O Brasil tem urgência. A economia precisa sair da UTI. As pessoas querem ter a certeza de que esse é o país da esperança. O futuro pelo qual todos aguardam não pode ficar apenas na promessa.


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