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A imigração do século 21 desafia países desenvolvidos e em desenvolvimento. Tangidas por guerra, pobreza ou perseguição política, levas de adultos e crianças abandonam sua terra na busca desesperada por local onde possam se abrigar.

 Deixam para trás casa, bens, família, amigos, trabalho e tudo o mais que construíram ao longo do tempo. Não o fazem por capricho ou espírito aventureiro, mas por real necessidade. Trata-se de questão de vida ou morte. Em 2017, somavam quase 26 milhões de pessoas no mundo.

 Muitos tomam o rumo do Velho Continente. Procuram, por afinidade de língua e história, os antigos colonizadores, que enriqueceram à custa da exploração das riquezas e da mão de obra dos nativos então dominados.

 Não raro são recebidos com hostilidade, alguns nem sequer podem aportar e morrem nas águas da imensidão do oceano. O Mediterrâneo, por isso, recebeu a triste alcunha de maior cemitério da Europa.

 Os Estados Unidos sob Trump transformaram os imigrantes em moeda eleitoral. Esqueceram-se de que se tornaram a potência que sobressai das demais nações do planeta graças aos homens e mulheres que para lá foram a fim de se estabelecer, criar os filhos e amealhar riquezas.

O país virou sinônimo de eldorado, que atrai gente dos cinco continentes.

 Apesar da enorme dívida contraída com europeus, africanos, americanos e asiáticos, a Casa Branca ergue muros físicos e legais para impedir que eles atravessem as fronteiras. Discursos preconceituosos transformaram imigrantes não só em inimigos, mas também em bandidos responsáveis por roubos, estupros e homicídios.

 O Brasil, que tal qual os Estados Unidos se construiu graças à contribuição dos imigrantes, tem recebido os que chegam com maturidade e competência. Nos últimos seis anos, houve aumento de 3.000% nas solicitações de abrigo legal no país.

 Venezuelanos encabeçam a lista, seguidos de cubanos, haitianos, chineses, senegaleses e sírios. De acordo com o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), há um passivo de 26 mil pedidos pendentes.

 Acolher grandes contingentes de pessoas é, sem dúvida, grande desafio. Mas há que enfrentá-lo. Claro que não se trata de população homogênea. Entre eles, existem pessoas altamente qualificadas, com formação superior em diferentes especialidades.

 Habilitá-las a exercer a profissão pode preencher vazio nacional de carência de mão de obra cuja formação custa tempo e recursos.

Há também os que precisam ser preparados para o mercado de trabalho. Impõe-se lhes mostrar os caminhos e lhes abrir as portas a fim de que possam disputar uma vaga na área para a qual se prepararam.

 O estrangeiro que bate à porta longe está de constituir peso para a nação. Ele traz riquezas que contribuem para o enriquecimento da língua, da culinária, dos costumes, das competências e habilidades. Não é pouco.




Frases

"É muito melhor estar na mão da iniciativa privada, que vai poder dar uma visão de longo prazo"

. Manoel Vitor de Mendonça Filho, secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, ao defender as privatizações, em especial a da Cemig



"Estou perplexo com a saída de Joaquim Levy"
 
. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, sobre a saída de Joaquim Levy da presidência do BNDES

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