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Recados das manifestações


postado em 28/05/2019 04:07

O verde-amarelo que vestiu as ruas de 156 cidades em 27 unidades da Federação deixou recados claros. Um deles: o brasileiro mudou. Está politicamente mais educado, mais atento, pronto para cobrar dos representantes por ele eleitos o compromisso de trabalhar pelo país, não por interesses individuais ou de grupos.

As palavras vazias, cheias de pompa mas vazias de realizações, são página perdida na poeira do tempo. Impressionavam massas de manobra, não o fazem mais. Rápido olhar na composição do Congresso serve de alerta. A renovação registrada no pleito de outubro de 2018 não deixa dúvida. Quem trai a confiança do cidadão recebe nota vermelha. Fica fora.

Deduz-se daí o segundo recado: o povo quer a saída do Brasil da crise em que está mergulhado. Os mais de 13 milhões de desempregados, somados aos subaproveitados e desalentados, se aproximam dos 30 milhões. Muitos estavam nas manifestações. Os demais, solidários, têm consciência de que nenhuma sociedade é mais forte que seu elo mais fraco.

Em bom português: todos pagam pela traição dos que trocam os trilhos da política pelos da politicagem. A comprovação da horizontalidade do mal está no terceiro recado: um basta à violência. Adultos e crianças perderam o direito de ir e vir, garantido na Constituição. Erguem muros que os aprisionam em quatro paredes. Nem assim estão seguros. O número de homicídios, feminicídios, latrocínios rivaliza com as estatísticas de países em guerra.

Faixas e cartazes exibidos pelas multidões que abandonaram o conforto do lar para exigir respostas reforçam os discursos dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro – pela aprovação da reforma da Previdência e do pacote anticrime. As mensagens comprovam o amadurecimento do eleitor. Ele, que antes demonizava mudanças na Previdência, passou a defendê-las.

Há mais de duas décadas governos tentam atualizar a legislação previdenciária à realidade demográfica do país – o brasileiro vive mais e tem menos filhos. Precisa trabalhar mais para garantir a aposentadoria. Apesar da lógica, a onda contrária levou ao fracasso das iniciativas. Agora é o povo que pressiona. A alternativa é mudar ou mudar.

Ir à rua é ato pra lá de bem-vindo. A convocação inicial, de apoio a Bolsonaro, foi além. Ao lutar pacificamente pela pauta das mudanças econômicas e de combate à violência e à corrupção, as manifestações fortaleceram a democracia. Mostraram que a sociedade está viva e atenta. É alvissareiro.


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