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Boquirrotismo tem cura? Estudantes?


postado em 20/05/2019 04:05

Já comentei e critiquei a facilidade com que o presidente Jair Bolsonaro faz declarações públicas, dá entrevistas, responde a perguntas, muitas vezes capciosas, da imprensa. Ele não apenas responde o que é essencial, mas se estende em considerações variadas, muitas vezes, inconvenientes. Foi o que aconteceu na semana passada. Sem nenhuma razão aparente, declarou que irá cumprir “compromisso” firmado com o então juiz de Curitiba, hoje seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, de indicar o seu nome para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. E explicitou: Moro estava há 22 anos na magistratura, e dela se afastou para, a seu convite, integrar seu ministério. Daí o que chamou de compromisso entre ele e Moro, de indicar o ministro para o STF.

A declaração repercutiu negativamente, causando embaraços ao magistrado famoso e respeitado, leia-se Lava-Jato. O que levou Moro a desmentir o compromisso. Mais embaraços para os dois. Afinal, o ministro desmentiu o presidente. Mas era o que lhe restava fazer. Como aceitar aquela versão, desprimorosa para a sua carreira limpa, vitoriosa? Moro, lúcido, deu o incidente como encerrado. Que Bolsonaro faça o mesmo.Reitero o que já disse antes. O presidente é bem intencionado. Quer acertar, consertar, recuperar o país que recebeu falido. Faz o que pode. Com sucesso reconhecido pelos justos. Mas ele sofre da doença chamada de boquirrotismo. Comunicativo, gosta de falar, de conversar, responde a perguntas dando detalhes desnecessários. Bastaria responder o essencial. Aberto, descontraído, ele exagera. Gasta muitos minutos, muita saliva, em pronunciamentos públicos, em entrevistas. O que gera situações embaraçosas para ele e para os que são mencionados nas declarações inconvenientes.Permito-me sugerir, quem sou eu, ao ilustre presidente, que tente conter sua verborragia, sintetize as respostas, não abra o leque de seus pensamentos nem revele o que não é conveniente revelar. Falar o mínimo possível, o estritamente necessário, nunca além disso. E adote o comportamento de outros presidentes, econômicos e cautelosos em palavras, em declarações. Como o presidente Itamar Franco, que respondia com monossílabos, ou com silêncio crítico diante de questionamentos indevidos ou provocativos, de jornalistas, que o respeitavam por sua sobriedade. Outros citáveis, mais antigos, como Castelo Branco, Ernesto Geisel, que impunham respeito em entrevistas e mantinham a sobriedade que o cargo que ocupavam exige. Muitos problemas seriam evitados por  Bolsonaro se adotasse a mesma postura. Seria melhor para ele, para seus ministros e auxiliares, e para seu governo. Mas tem cura o  boquirrotismo?

TEMER E LULA O que está acontecendo com o Poder Judiciário, tão confuso, tão criticado, tão desacreditado? No Supremo, com ministros decidindo mal e falando demais, com muitos bons dias a cavalos. A confusão envolve juízes de outras instâncias e entrâncias. Que agem não com fundamento nas leis e na jurisprudência, mas influenciados por ideologias, antipatias pessoais, retaliações.A prisão do ex-presidente Michel Temer é um (mau) exemplo. Ele é suspeito de ter pertencido a um grupo que se aproveitou de situações favoráveis no contexto político-administrativo, para corromper e enriquecer. É suspeito, repito, mas não foi denunciado, nem condenado, pelos possíveis crimes que teria cometido com seus companheiros, também investigados. De conformidade com a lei, somente em situações extremas o investigado pode ser preso, preventiva ou temporariamente, para impedir a destruição de provas, influenciar testemunhas, fugir do país.Nenhum dos itens seria aplicável ao ex-presidente, já fora do poder, longe dos holofotes da fama, recolhido à vida privada, com sua família. Por que, então, prendê-lo, como já havia acontecido antes, prisão desnecessária, não referendada por juízes isentos. Na semana passada, a decisão que o libertou foi cassada por outros juízes, com sua volta à prisão. Justificativa: a mesma, ele poderia interferir na investigação, prejudicando a apuração dos delitos de que é, com seu grupo, suspeito.Na dança que cansa, a decisão e a prisão duraram pouco. Por unanimidade, quatro ministros do STJ  reconheceram a falta de fundamento por estar o inquérito em fase inicial, e que o recolhimento de provas não corre nenhum risco.E continua a má vontade com o ex-presidente. A decisão foi tomada no meio da tarde de terça-feira. O alvará de soltura expedido no mesmo dia chegou à PM pouco depois das 18h, já encerrado o expediente, o que resultou em mais uma noite na prisão. Temer só voltou para casa no meio da tarde de quarta-feira, dia 15. Se o preso fosse Lula, aconteceria o mesmo, com sua galera na porta da prisão aos berros? Vale lembrar que Lula somente foi preso, apesar de denunciado e condenado em primeira instância, quando a condenação foi confirmada em segunda. E ninguém reclamou por ele não ter sido preso, ninguém protestou, a mídia simpática ao lulismo e ao esquerdismo silenciou. Pois é.

ESTUDANTES? No meio da semana, milhares de pessoas, supostamente estudantes, bloquearam praças, avenidas e ruas de várias cidades brasileiras, em protesto contra o contingenciamento (dito corte) de verbas que o governo federal destina às universidades. Que nada cobram dos alunos, a maioria da classe média alta ou rica. Só os idiotas chapados acreditam que aquela massa humana seria formada por universitários. Dos milhares, alguns falam em milhões de manifestantes, o número de estudantes não passaria nunca de centenas. As CUTs esquerdistas, os órfãos do petismo, os que querem derrubar Bolsonaro e seu governo, formavam a maioria, os tais milhões. Estudantes mesmo não incendeiam ônibus, não apedrejam policiais e destroem vitrines de lojas, como aconteceu.

 


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