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Empreendedor do campo também pode ter visto

Direcionar o seu projeto para algo que você gosta demonstra que o visto para permanecer nos EUA não é a causa, é consequência


postado em 13/05/2019 05:04

Vou contar a história de um caso que tivemos, que começou em janeiro de 2018, em que demoramos oito meses na implantação, estruturação e análise de dados. É um cliente de uma cidade do interior de Goiás, um administrador de empresas, que é dono de uma fazenda frutífera.

Ele tem cidadania espanhola e decidiu vir para os Estados Unidos com a família, com intuito de gerenciar alguma atividade que envolvesse a fazenda no Brasil. Como eu gosto de fazer coisas diferentes, resolvemos pensar em algo interessante que se encaixasse com o desejo dele.

Eu achei uma área para locação de 2,3 acres na região de Hamster, na saída da Reserva Ecológica Nacional, que é um lugar com chácaras e sítios, onde há casa de campo, de veraneio etc.. O local também concentra produção e criação de alimentos e animais. Havia duas casas, mas que precisavam de reforma. Gastamos no máximo US$ 10 mil. No total, esse espaço tem quase 10 mil metros quadrados.

Chegamos à conclusão, com base na análise de um engenheiro agrônomo contratado para auxiliar no projeto, de que o cliente conseguiria plantar algumas frutas, tanto de consumo mais comum até espécies exóticas. Com esse mix, seria possível aproveitar bem a área, sendo que o proprietário conseguiria também fazer algumas divisões para deixar a terra produtiva como ele queria.

Também foi contratado um casal que irá morar e cuidar da administração, do plantio e do cultivo, enquanto o cliente vai fazer toda a parte de venda e distribuição. Além disso, está sendo preparada uma área de entretenimento para promover atividades com crianças aos fins de semana, o que é bem comum por aqui. Elas podem fazer um tour pela fazenda, colher o que mais agrada, pesar e pagar pelo que escolheu.

De acordo com a última previsão de faturamento, realizada em abril, sobrou em torno de US$ 6 mil. A atividade está indo para o quarto mês de atividade, sendo que faz menos de um ano que começou a implantação desse negócio. A produção dos frutos, venda e negociações começaram em dezembro, logo que esse cliente conseguiu o visto.

Ele plantou 685 pés de pitaya, mas a área não está totalmente ocupada. A previsão, segundo o engenheiro agrônomo, é chegar a 1,3 mil pés até março do próximo ano, ou seja, ainda não está na total capacidade do empreendimento. Ainda é possível crescer bastante.

O investimento nesse projeto foi de US$ 163 mil exatos, incluindo US$ 30 mil de fluxo de caixa. De folha de pagamento, hoje, ele tem gasto em torno de US$ 6 mil mais o comissionamento pela venda, ou seja, o casal ganha US$ 3 mil cada um, mais ou menos, além de 1% do que for vendido. Tudo isso contando já conta de água, luz, e outras despesas.

Esses números batem com o que foi feito no plano de negócio; na verdade, a previsão de faturamento no primeiro ano era de US$ 5 mil. E há uma possibilidade de crescimento, como eu vi pessoalmente. O terreno está com, mais ou menos, 60% de aproveitamento. Ele também quer criar algumas cabras para produzir leite e queijo, além de produção de ovos de codorna.

Esse é um exemplo do que eu sempre digo: tentar direcionar o seu projeto para algo que você gosta muda todo o astral que demonstra que o visto não é a causa, é consequência. Hoje, ele e a família moram legalmente nos Estados Unidos e fazem aquilo que amam, que é trabalhar com a terra.


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