É o que acontece sempre com as semanas que ganham, via calendário, um feriado em um dos dias considerados úteis, ou seja, de trabalho normal. A que passou foi uma delas. Feriado na quarta-feira significa enforcamento dos dias que o antecedem, segunda e terça, e dos que o sucedem, quinta, sexta, sábado. Um paradeiro geral, uma pasmaceira total.
Nada de destaque na área política, nem na administrativa, nem na judiciária. Esta, nos últimos tempos, liderando as manchetes e os noticiários televisivos, com decisões polêmicas, com entrevistas bombásticas e inconvenientes de magistrados boquirrotos. Lógico que o paradeiro teve exceções, como a aprovação, pela Assembleia Legislativa, do projeto de reforma administrativa encaminhado pelo governador Romeu Zema. Bom projeto, pois destinado a reduzir despesas, quase todas desnecessárias, como o corte de milhares de funções comissionadas, muito bem gratificadas, que Pimentel deixou de herança para dar emprego e ganhar votos de petistas e coligados.
Os comissionados, apanhados de surpresa pela inclusão do dispositivo saneador no projeto, e pela sua aprovação, protestam, berram, esperneiam com a ajuda, para a repercussão do desagrado, de parte da imprensa. Mas Zema apenas cumpre o que prometeu na campanha eleitoral.
O que mais aconteceu de importante em Minas e no Brasil? Nada, ou quase nada, além dos crimes, dos feminicídios, dos assaltos a mão armada, um setor dito sanguinário que não toma conhecimento de feriados e de enforcamentos de atividades em dias de semanas que comemoram, e são demasiados e exagerados, algum fato histórico ou não.
Um bom termômetro para medir a paradeira, a pasmaceira nacional, é o noticiário das TVs. Por falta de assunto, gastam o que podem e não podem do tempo destinado aos seus telejornais com fatos que, embora importantes, caberiam em coberturas jornalísticas mais compactadas. Cansar o telespectador com informações e filmagens repetidas à exaustão os leva a mudar de canal ou a desligar a televisão. Foi o que quase todas as emissoras fizeram na semana que passou com a cobertura da rebelião popular na Venezuela, contra o ditador Nicolás Maduro. O caso merecia cobertura, sem dúvida, por envolver a paz e a harmonia de todos os países do continente, entre eles, especialmente, o nosso, vizinhos fronteiriços que somos. Mas ocupar praticamente todo o tempo do telejornal, repetindo as mesmas informações e imagens, é dose pra nenhum leão aguentar...
CORREÇÃO – Segunda-feira, 22, comentei suposta tentativa de um grupo político derrotado nas últimas eleições em Minas, e no país, de assumir, direta ou através de candidato "laranja", o comando da Academia Mineira de Letras.
Aproveito para uma correção; as duas assistentes da diretoria, Marília e Cármen, exercem seu trabalho, essencial para a AML, com competência e dedicação total, há 34 e 32 anos, respectivamente, e não há 15 anos, como por engano foi publicado. Fica a retificação e o pedido de desculpas.
O ERMITÃO – Foi bom rever a escultura do "Ermitão" da Serra do Cipó, ou seja, de Juquinha, ou José Patrício, como foi batizado. A história do Juquinha foi relembrada pelo jornalista Gustavo Werneck, no Estado de Minas de 2 de maio.
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