O grande salto de desenvolvimento e de qualidade de vida para os brasileiros depende, fundamentalmente, das ações dos governos estaduais. Os estados respondem, quase integralmente, pela principal demanda da população, a de mais segurança e menos impunidade. É na rede pública dos estados que se concentra o maior gargalo da educação, a urgente necessidade de tornar o ensino médio mais atraente e mais efetivo para os jovens. E, na ampla maioria dos estados, são os hospitais regionais, administrados pelos governos estaduais, que atendem aos casos de urgência e de alta complexidade.
Sem a participação dos governos estaduais, o Brasil não garantirá a segurança da sua população, não irá formar uma geração mais preparada para o mercado de trabalho e nem poderá ampliar a assistência necessária aos idosos e doentes. A cidadania brasileira precisa e depende dos governos estaduais.
É disso que estamos falando quando discutimos um novo pacto federativo. Os estados se encontram hoje sobrecarregados nos seus compromissos financeiros com o Tesouro Nacional e com a Previdência pública. Fazer a reforma da Previdência é fundamental para o Brasil atrair investimentos e recuperar o crescimento. Mas os estados precisam estar incluídos nessa solução.
Hoje, em São Paulo, vamos reunir os governadores do Consórcio de Integração Sul e Sudeste, o Cosud. Depois da reunião realizada em março em Minas Gerais, é hora de avançarmos numa pauta de soluções para o equilíbrio fiscal dos estados. Boas práticas estão em curso graças a essa nova geração de governadores.
Em São Paulo, por exemplo, abrimos um amplo programa de desestatização. Os 22 projetos de concessões, outorgas e parcerias público-privadas que já estão em andamento nos permitem prever um investimento total de R$ 40 bilhões nos próximos anos. Temos feito nossa parte para garantir emprego e renda para as pessoas. Na saúde, firmamos parcerias com os melhores hospitais privados e estendemos o atendimento no serviço público para zerar as filas por exames de mamografia, ultrassonografia e endoscopia. Em menos de quatro meses já conseguimos vagas para realizar 300 mil novos exames. Estamos implantando o novo currículo do ensino médio com vagas no contraturno de universidades públicas e privadas para aproximar o aluno da rede pública do ensino superior.
Sou testemunha do enorme esforço de gestão que cada um dos meus colegas governadores tem empreendido para melhorar a vida dos brasileiros de seus estados. O Brasil, os estados e municípios e, sobretudo, seu povo, não podem mais permanecer reféns dos velhos problemas. A reforma da Previdência é o primeiro passo para construirmos uma nova sociedade, que valorize a iniciativa de cada um, atraia investimentos, nacionais e estrangeiros, e gere emprego e renda. O equilíbrio fiscal é condição imperativa para que os governadores consigam atender á demanda social por melhores serviços públicos. Só com bons governos estaduais é que teremos um Brasil melhor..