(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Hipocrisia intelectual

Esqueceu-se Amorim de que foram condenadas, juntamente com Lula, diversas pessoas do Partido dos Trabalhadores


postado em 16/04/2019 05:06

 

 




Por meio das mídias sociais, assisti a uma fala do jornalista Paulo Henrique Amorim juntamente com os ex-senadores Vanessa Grazziotin e Lindbergh Farias.  Em sua conversa, Paulo Henrique Amorim, dirigindo-se aos ex-senadores, agride deliberadamente o ministro Sergio Moro, chamando-o de analfabeto. Continuando com a verborragia, em verdadeira hipocrisia intelectual, para não dizer desonestidade cerebral, fala que o "analfabeto" destruiu a indústria brasileira, a construção civil, as empreiteiras, denominando, especialmente, a Odebrecht, para prender o Lula. Afirma que o que o espanta "é que a elite do Brasil tenha permitido ele destruir o Brasil para prender um homem".

Chamar o Moro de analfabeto desqualifica, por evidente, o próprio agressor.  O curriculum do ministro Moro, ex-magistrado, professor, mestre e doutor, afasta, por si só, o insulto. Paulo Henrique Amorim, supera, em termos curriculares, o ministro apenas no tocante às condenações, certo que, segundo consta na página da Wikipédia,  o jornalista fora condenado a indenizar por injúria e difamação diversas pessoas, sendo citado, expressamente, em oito delas.

Acaso boquirroto fosse sinônimo de intelectualidade, o jornalista seria um erudito.

Ultrapassado o tema da agressividade gratuita, o jornalista, com sua voz de taquara rachada, atribuiu a Moro a quebra de vários setores empresariais do país em troca da prisão do ex-presidente Lula.

Esqueceu-se Amorim de que foram condenadas, juntamente com Lula, diversas pessoas do Partido dos Trabalhadores (deputados, senadores, vários ex-tesoureiros, entre outros). Será que o jornalista não tem conhecimento de que vários empresários das maiores empreiteiras do país, entre elas a citada Odebrecht, foram, também, condenados por corrupção, fraude a licitação, lavagem de dinheiro, quase todas diretamente ligadas com o presidiário Lula, seu partido e seus asseclas?

Paulo Henrique Amorim, com os olhos de quem não vê, despercebeu que os homens fortes do governo petista, Lula e Dilma, Antônio Palocci e José Dirceu, também foram condenados e que, em delação premiada, entregaram toda a podridão do ex-mandatário maior da nação?

A todas essas indagações não é crível o desconhecimento do jornalista, restando, apenas, a desonestidade intelectual e sua manifesta má-fé.

Por uma simples olhada na página do Ministério Público Federal do Paraná, até o momento, foram 242 condenações criminais contra 155 pessoas.

Além do mais, lembro ao jornalista Paulo Henrique Amorim que quem colocou Lula na prisão não foi o ex-juiz Moro, e sim os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que, além de confirmar a sentença condenatória de primeiro grau, deram provimento ao apelo do Ministério Público, majorando a pena do condenado.

Conceder entrevistas, emitir opiniões, escrever textos e artigos, seja em um importante canal de televisão, no YouTube, em grandes ou pequenos periódicos, omitindo fatos –  sabidamente conhecidos e amplamente divulgados pela imprensa, não coadunam com o bom jornalismo. Revela-se ser um psicopetista ou um veraz hipócrita intelectual.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)