O desemprego voltou a aumentar. Passamos de 13 milhões de desempregados. Assistimos a cenas chocantes: filas quilométricas em pleno centro da maior cidade do país em busca de uma simples senha, que talvez se converta em uma entrevista de emprego e, finalmente, em uma vaga preenchida. Observação: a maioria das vagas, segundo os organizadores do evento, oferece um salário em torno de R$ 1.500. Enquanto isso, em Brasília, assistimos a cenas bizarras protagonizadas pelos nossos dirigentes: discussões "altamente produtivas" sobre comemorar ou não datas históricas (sic), idas e vindas nas nomeações de ministérios, pautas "bomba" que apenas agravam nossa já combalida governabilidade. É evidente que aqueles que estão buscando um emprego, há anos, acompanham com muito interesse essas discussões.
O desalento e a desocupação, termos usados pelo IBGE, também subiram. Agora, somam cerca de 14 milhões de brasileiros. Os desalentados são aqueles que desistiram de procurar qualquer tipo de trabalho remunerado.
O óbvio despreparo desses governantes caminha para uma nova marcha da insensatez, e gera, infelizmente, uma desesperança na maioria da população brasileira em relação ao seu futuro. E ela tem muitas razões para isso! Se as atuais expectativas econômicas para 2019 e 2020 se confirmarem, e não vemos motivos para que isso não ocorra, estaremos vivendo a pior década em termos de crescimento econômico de toda a nossa história.