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Estertores da velha política

Será que os homens públicos brasileiros vivem alheios à voz das ruas, julgando estar isentos do seu clamor?


postado em 28/03/2019 05:10










A expressão latina tempus fugit explicita uma das grandes verdades presentes na vida, que, apesar de tudo, é cruel. Pois todos sobre a Terra, mais cedo ou mais tarde, hão de se findar. Afinal, o tempo não para. Entretanto, alguns discordam dessa ideia de fim. E entre os que se opõem se destacam os adeptos de certas filosofias defensoras da ideia cíclica do eterno recomeço. Quando tudo na vida não passa de eternas transformações de um estado em outro, indefinidamente. No qual, o suposto fim, na verdade, com o tempo, se revela em um novo começo.

Realmente, toda essa forma de pensar pode ser verdadeira. Sendo a filosofia do eterno recomeço digna da atenção de todos. No entanto, alguns dos seus adeptos, mais espertalhões, advogam, esdruxulamente, que esse recomeço é simplesmente a repetição do mesmo. Ou seja, sem nenhum progresso ou evolução no que deveria ser o novo. Devendo o status quo se manter o mesmo de sempre. Assim, a nova vida se refaz, mas sempre da mesma maneira. Contudo, contestando essa maneira de pensar, pergunta-se: como poderia tudo ser realmente novo, um verdadeiro recomeço, se continua igualzinho como sempre foi?.

E, pior ainda, pois a atual existência dessa corrente esdrúxula de pensar o recomeço torna tudo extremamente preocupante. Principalmente ao se constatar a presença dela na realidade da política brasileira. Na qual, apesar dos tremendos malefícios advindos para o país do corrupto modo de as negociações políticas serem conduzidas no Congresso Nacional, nos últimos anos, em que prevaleceu o toma lá dá cá, ainda assim parte dos congressistas continua insistindo em mantê-la no tempo presente. Reiniciando, no novo ciclo, toda a repulsiva forma desse agir político em que a maioria do eleitorado brasileiro votou contra. Dando, para isso, um basta nas urnas ao que existiu de pior nesse malfadado presidencialismo de coalizão. Haja vista o abismo de corrupção e atraso institucional legado à nação por esse ultrapassado modelo de se fazer política.

No entanto, será que parte da classe política não enxerga que a sociedade brasileira não aceita mais o ultrapassado modo operante da velha política? Que o custo para o país manter o velho e incongruente sistema político tornou-se inviável? Tendo levado a nação à beira do colapso financeiro e moral? E, por isso, devendo ser totalmente revisto? Ou será que os homens públicos brasileiros vivem alheios à voz das ruas, julgando estar isentos do seu clamor? Será que, realmente, acreditam que o direito da população, no sistema democrático, se encerra nas eleições, pois fora delas o que persiste é o absolutismo coronelístico dos eleitos? Até onde será testada a paciência de toda a população pelos que deveriam lhes prestar contas, mas que só lhes trazem dissabores e angústia? Será que a classe política não consegue imaginar do que é capaz uma população levada ao extremo da insatisfação, devido às maluquices de um pútrido corpo público responsável por crises que nunca chegam ao fim? Razão única de a nação brasileira viver claudicando sem rumo e sem fôlego? Diante de tantos roubos e arbitrariedades?

Por isso, a estrutura do sistema nacional, de tão carcomida que se encontra, exige substituição completa de todo o seu sistema operacional. E uma completa mudança de mentalidade. Em que o servidor público passe a ser, realmente, servidor. E suas corporações parasitárias e com mania de grandeza sejam trazidas à realidade social do país. E a velha corrompida política seja substituída, urgentemente, por modos condizentes com o novo ser político.

Pois o futuro está se delineando claramente para todos os que têm feito o povo brasileiro refém de tantos insultos e injúrias. E tudo vai se iniciar, como diz a sabedoria, inesperadamente. No dia em que a casa cairá para todos os meliantes nacionais. Livrando a nação dos seus algozes contumazes. E a pátria se erguendo altaneiramente e trazendo esperança de futuro e paz aos seus filhos. Contrariando todos os profetas que prenunciavam o caos frente à sofrida espoliação da nação. Fruto da cruel face de um sistema governamental corrupto e repleto de mordomias e privilégios indevidos. E que nunca se importou em prestar contas dos seus atos espúrios. Antes, corporativamente, os tem negado, julgando ter direitos adquiridos em fazer o que bem entendem. Afinal, se julgam donos do Brasil. Onde a maioria da população só existe para os servir. Tendo, assim, todo o povo sempre suportado nos seus ombros pacíficos, como escravos, as mordomias e privilégios desse impudico setor público.

Portanto, que a velha política encontre nos dias atuais o dos seus estertores. E, assim, tudo se renove, ciclicamente, em um novo modo de se fazer política. Surgindo daí um novo ordeiro Brasil. Para que todos os que habitam nesse imenso país possam viver em um ambiente de fraternidade e justiça.



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