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Apostar na reciclagem

O Brasil produz 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, sendo 13,5% (10,5 milhões de toneladas) procedentes do plástico


postado em 25/03/2019 05:05

O país, um dos maiores consumidores de plástico do mundo, não pode esperar mais para investir pesado na reciclagem de plástico, produto poluidor por excelência. Além da catástrofe ambiental representada pelo descarte inadequado do material em aterros, rios e oceanos, o Brasil deixa de faturar R$ 5,7 bilhões, anualmente, por não apostar no reúso do plástico, um dos derivados do petróleo. Hoje, o problema dos resíduos plásticos está na agenda de várias nações, em função dos danos que os rejeitos estão causando nos mares, onde uma colossal “ilha” de lixo – 1,6 milhão de quilômetros quadrados –, formada principalmente pelo produto, boia entre a costa da Califórnia e o Havaí, nos Estados Unidos, o que é considerado uma das piores catástrofes ambientais criadas pelo homem.


Países da União Europeia (EU) deram grande passo no combate ao uso e descarte inadequados do material, ao proibir, dentro de dois anos, produtos plásticos descartáveis, como canudos, copos e pratos. A proibição será para todos os objetos que tenham alternativas em sua confecção, como vidro, metal e papel, cuja absorção pela natureza não leva tanto tempo quanto o subproduto do petróleo. O argumento dos defensores da medida é que 80% dos resíduos encontrados nos mares são feitos de plástico e que menos de um terço dos descartes é coletado e reciclado. Pior, ainda, resíduos podem ser encontrados em espécies como baleias, tartarugas e aves, além de frutos do mar, que acabam na cadeia alimentar humana. Com a medida, espera-se reduzir as emissões de dióxido de carbono em 3,4 milhões de toneladas.


O Brasil produz 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, sendo 13,5% (10,5 milhões de toneladas) procedentes do plástico. Se todo esse material fosse reciclado, haveria um retorno de R$ 5,7 bilhões à economia, de acordo com estudos do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb). Hoje, o país trata de forma inadequada cerca de 40% do total, número que preocupa os ambientalistas. A sociedade ainda não se conscientizou de que o plástico é 100% reciclável. Todo esse material que acaba em aterros sanitários, rios e mares poderia ser perfeitamente revertido à construção civil, por exemplo, mas esbarra na falta de serviços de coleta apropriada e nas mais diferentes atividades relacionadas à limpeza urbana.


O gerenciamento de resíduos sólidos envolve uma rede complexa de atividades e tem de haver uma mudança cultural para que a sociedade entenda a importância e a necessidade da reciclagem. E se nada for feito a curto e médio prazo, a situação tende a piorar bastante, já que a expectativa é de um crescimento de 30% na produção de plástico nos próximos anos. O setor produtivo está se voltando para investimentos nas resinas de origem renovável para a produção do plástico verde, como o confeccionado à base de cana-de-açúcar. O certo é que o país não pode postergar mais as decisões que culminem com a reciclagem de todo o plástico produzido, para o bem do meio ambiente e da própria economia.


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