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Professor do futuro


postado em 13/03/2019 05:05


Ainda que o pensamento de Papert tenha sido por diversas vezes analisado no campo teórico-científico da educação, é possível afirmar que as reflexões sobre o papel do professor na contemporaneidade estão a largo de se esgotarem.

Se considerarmos as evoluções e revoluções ocorridas na medicina no último século, a começar pelo aprimoramento de práticas e de uma infinidade de processos sob o guarda-chuvas da revolução técnico-científica, é notório que o processo ensino-aprendizagem na educação formal brasileira parece ter caminhado por outra direção. Ou, talvez, tenha permanecido em um longo período de hibernação.

O advento da revolução da informática e da internet, por exemplo, impôs à sociedade uma série de transformações, sobretudo no que tange à construção de amplas redes de comunicação e informação, as quais atribuem novos significados às relações humanas e propiciam o surgimento de uma pluralidade de identidades em âmbitos local e global.

Tais mudanças revelam a necessidade de adequar processos em estruturas já consolidadas, mas que, decerto, revelam certa obsolescência, como é o caso da educação formal.

Há tempos, estudiosos revelam a necessidade de se (re)pensar a educação e seus entrelaçamentos. Nesse caso, em específico, cabe ponderar sobre a função do professor, que precisa se descolar do quadro-negro e do giz se, de fato, almejar um processo educativo que dê protagonismo ao estudante do século 21.

Não se trata de abandonar, definitivamente, o método da aula expositiva, mesmo porque tal aplicação fez com que muitos de nós chegássemos até aqui no momento presente.

O professor do futuro deve abandonar a simples reprodução de práticas apreendidas junto aos seus docentes formadores. Talvez a melhor expressão para resumir esse antepassado seja "clonagem pedagógica", proferida pelo professor-pesquisador Simão Pedro Marinho.

Melhor explicitando, a "clonagem pedagógica" seria a repetição fiel de aulas ministradas em outros contextos espaço-temporais. Em muitos casos, professores se autotrapaceiam, clonando aulas de si próprios. O professor do futuro deve, então, pensar aula a aula, para além do conteúdo, com foco no desenvolvimento de habilidades e competências necessárias aos cidadãos que estão em formação. Pensar a aula significa identificar as melhores estratégias e os recursos mais pertinentes que contribuirão com a efetivação dos objetivos de aprendizagem propostos. Ao seu alcance, o professor deve ter um sem número de recursos, sejam eles tradicionais ou inovadores, analógicos ou digitais.

Considerando-se que a docência é uma função inacabada, inesgotável e em constante ressignificação, cabe ao professor do futuro o papel de mediar, de direcionar a aprendizagem dos estudantes, deixando-os seguros para que possam realizar escolhas assertivas, dentro dos projetos de vida que são inerentes a cada indivíduo.

Talvez, o pensamento do cientista Saymour Papert fique situado em um passado cada vez mais distante. Porque, agora, o que se vislumbra é o professor do futuro. E o futuro já é o instante que se aproxima.


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