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Fazer/desfazer. 2019 começa hoje


postado em 11/03/2019 05:05

Fim da zoeira, do batuque tribal africano, do bate-estaca que ensurdece e endoidece. Momo, o rei com coroa e tudo, já não é mais reverenciado como antigamente. Quem ouviu alguém falar nele nos quatro dias da chamada folia carnavalesca, que acabou na quarta-feira, dita de cinzas, mas de lixo, detritos, urina e fezes emporca-lhando as ruas e avenidas de quase todas as cidades brasileiras? Somos chamados de antigos, de superados, de saudosistas. Pouco importa. Mas nos velhos tempos, e nem tão velhos assim, a comemoração era mais civilizada, menos pornográfica e agressiva aos ouvidos, ao olfato, à visão, ao coração. E  romântica, nas letras das músicas, no samba-canção, nas danças nos salões, até no saracoteio das escolas e dos blocos caricatos. Bolsonaro denunciou a nojenta pornografia carnavalesca. Denúncia correta, exibição em vídeo incorreta para um presidente.

Acabou. Agora, poderemos iniciar o novo ano. Não na quarta ou na quinta, que ninguém, governantes, magistrados etc.(!), é de ferro para trabalhar depois dos quatro dias de pulação. Quase nada funciona, para o merecido (?) descanso. 2019 vai começar hoje, segunda-feira, 11 de março. Enfim.    

"O importante não é o que vamos fazer, mas o que vamos desfazer." Foi o que o presidente Jair Bolsonaro disse, em resposta à pergunta da deputada Janaina Paschoal sobre quais seriam os primeiros atos de seu governo. Resposta sábia, correta. Mais do que novas obras, novos programas, um governo que assume um país com tantos problemas, tantos malfeitos, tantos déficits em suas contas, tantos assaltos aos seus cofres, herança de administrações anteriores, precisa mesmo, com urgência, corrigir e desfazer tudo de errado que encontrou. O desmanche, como é chamado, deve ser a primeira e maior preocupação dos que assumiram a massa falida no primeiro dia de janeiro.

O que precisa ser feito ficará para a segunda etapa, depois do "desfazimento" de tudo que tem sido prejudicial ao país e aos brasileiros. A missão de desfazer começou. Já não mandamos para a ditadura cubana o que deveria ter sido o salário integral dos "mais médicos". Já não subvencionamos shows de cantores desafinados e festivais de declamadores de poesias de pé quebrado com as verbas robustas das rouanets da vida. Já não sustentamos folhas salariais bilionárias para empregar milhares de servidores sem serviço, de assessores sem assessoria, contratados apenas por estarem desempregados e ser afilhados de petistas aproveitadores. Quanto já economizamos com os primeiros "desfazimentos"?

 Entre os desmanches necessários adotados por Bolsonaro e sua equipe está o que extinguiu o desconto obrigatório de uma absurda "contribuição sindical" nos contracheques de todos os assalariados e servidores públicos do país. Todos eram obrigados a destinar ao sindicato de sua categoria um dia de seu suado e quase sempre mal remunerado salário. Coisa de regime ditatorial/sindical. A proibição do desconto já era lei. Mas não estava sendo obedecida, com o beneplácito até de membros do Judiciário trabalhista. Diante do desrespeito exigido por lideranças sindicais, o presidente da República assinou a Medida Provisória 873, proibindo de vez o desconto da tal "contribuição" nas folhas de pagamentos. Agora, só se for auto-rizado pelo servidor, por escrito.

As centrais sindicais protestaram, os servidores aplaudiram. Em 2018, R$ 580 milhões foram descontados nos contracheques para elas gastarem como bem entendessem. O mais surpreendente foi a atitude (está nos jornais) do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que criticou e condenou a decisão de Bolsonaro. Dizem (os mesmos jornais) que Maia assim agiu por ser amigo e aliado do  Paulinho, da Força Sindical. Como a MP tem validade limitada, e deve ser aprovada pela Câmara, percebe-se o risco de tudo acabar em pizza. Como quase sempre acontece. A reforma da Previdência encaminhada por Temer, por exemplo.

Mais um fato estranho. A Polícia Federal (PF), investigando, nos tempos de Temer, o caso da facada que quase matou o então candidato Bolsonaro, concluiu que o criminoso teria agido solitariamente, ou seja, não estava a serviço de alguém interessado em afastar a vítima da disputa presidencial. Versão absurda. Dias depois, um dos quatro advogados que chegaram a Juiz de Fora, onde o crime aconteceu, para fazer a defesa do autor da facada, declarou ter recebido de uma pessoa (não revelou quem), R$ 300 mil para atuar, com os outros três – que devem ter recebido igual ou maior quantia – no inquérito e processo cri-minal contra o réu.

Ora, ora, se alguém contratou, e pagou, advogados para a defesa do criminoso, um pobre coitado, como afirmar que ele agiu sozinho? O que estariam tentando esconder ao não revelar o nome do contratante? Por que a OAB nacional, comandada pela esquerda petista, entrou com ação judicial para impedir que fosse investigada e apurada a origem dos R$ 300 mil? Tudo muito estra-nho. A PF, tão eficiente e respeitada, não pode permanecer na posição  equívoca e falsa que adotou em 2018.

Mais estranheza. Um suposto "conselho" estadual, por maioria de votos, autorizou uma empresa a  explorar minério de ferro na Serra da Piedade. Que conselho insensato, que péssimos conselheiros! O antes imponente Pico do Itabirito, marco de orientação usado pelos bandeirantes que aqui aportaram, foi transformado em um esguio palito desengonçado, com aparência de poder ser derrubado por um vento ou chuva mais forte. Agora, querem fazer o mesmo com aquele que é um monumento histórico e religioso de todos nós, mineiros. Estamos solidários com o protesto do arcebispo metropolitano, dom Walmor, e com a campanha "Amigos da Serra da Piedade", que está lançando.  A Serra da Piedade, centro de peregrinação religiosa e de turismo, e o templo católico lá no seu cume, a mais de 2 mil metros de altura, deveriam ser tombados. O momento é este.


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