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Desenvolvimento e o país

Nossa infraestrutura é precária, nossa educação é um descalabro e as nossas leis são as mais estúpidas do mundo


postado em 05/03/2019 05:06

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há no Brasil 52 milhões de cidadãos vivendo com R$ 387,07 por mês. Você seria capaz de viver com esse valor? E com R$ 220? Impossível? Mas, ainda de acordo com o IBGE, há 24,8 milhões de brasileiros vivendo com menos do que isso. Afinal, não somos um país rico?

Dados levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Pnad Contínua, mostram, ainda, outros 4,4 milhões de brasileiros que “vivem” com míseros R$ 73 – valor equivalente a aproximadamente 18 litros de gasolina, ou dois ingressos de cinema – em uma vida de sofrimento e de luta diária. São quase 100 milhões de pessoas em condições precárias, e se você ganha mais que R$ 1 mil por mês, então não faz parte desse contingente.

Se fizermos uma breve comparação das condições de competitividade das nossas empresas com empresas de países com ambiente menos hostil aos negócios, vemos que a diferença é abissal. A produtividade de nossas empresas é, de um modo geral, baixa em relação aos nossos competidores internacionais. Evidente que temos setores muito competitivos em nosso país, mas a produtividade de um brasileiro é a metade de um americano, ou talvez até menor, visto que ela está entre as mais baixas do mundo.

De acordo com o International Institute for Management Development, a média é de US$ 19,52 por pessoa empregada por hora no Brasil, enquanto nos países analisados é de US$ 40,54. Empresários são o baluarte do desenvolvimento, gerando riquezas, criando empregos, melhorando a condição de vida da comunidade na qual estamos inseridos, mas a competição frente a tal discrepância é uma luta inglória.

Essas diferenças não são por acaso. Nossa infraestrutura é precária, nossa educação é um descalabro e as nossas leis são as mais estúpidas do mundo. Vivemos em um emaranhado de normas, regras, temos de lidar com profissionais desqualificados, irresponsabilidade por parte de alguns ativistas sindicais, falta de segurança, entre outros fatores.

Uma empresa brasileira despende tempo para seguir 3.796 normas tributárias, uma fila interminável de papel que pode chegar a seis quilômetros de normas, e, em razão disso, segundo o Banco Mundial, ocupamos a 109ª posição no ranking de facilidade de fazer negócios – atrás de Zâmbia, Tonga, Guatemala e Namíbia. Não existe milagre. O maior programa social se dá pelo desenvolvimento econômico.

É muito difícil gerar riqueza no ambiente em que vivemos no nosso país. Convivemos com milhares de profissionais mal remunerados, sem instrução, sem saúde, e cada vez mais abandonados pelas instituições e sem proteção, muitos deles sem qualquer perspectiva de vida e amor próprio. Eles vivem a tragédia que cai, diariamente, em seu colo, enquanto deveriam ser a prioridade do governo.

Se você ainda está lendo este texto, você não faz parte dessa horda de miseráveis. Assim, eu pergunto: o que podemos esperar do novo governo?. A esperança reacendeu, os empresários voltaram a confiar no país, novos investimentos, melhor infraestrutura, segurança jurídica. Esses são apenas alguns dos depoimentos entusiasmados e cheios de patriotismo.

O empresário é um eterno otimista e, na sua grande maioria, está confiante de que dias melhores estão por vir, tanto para seus negócios quanto para a comunidade na qual está inserido. O Instituto Paranaense de Reciclagem (Inpar), instituição sem fins lucrativos, vem investindo em ações que se traduzem na melhoria da condição de vida da comunidade de catadores de resíduos e de suas associações, através de investimentos em equipamentos, capacitação, acompanhamento de ações em campo, entre outras.

Também participamos de ações com a finalidade de preservação do meio ambiente, orientando sobre o descarte correto de resíduos e, dessa forma, reduzindo a contaminação do ambiente e a poluição dos mares. Nossas ações podem parecer ser um grão de areia no deserto, mas, por mais tímidas que pareçam, eles fazem a diferença.

Estamos contribuindo com parte daqueles cidadãos citados no início deste texto e também com o seu entorno. Somos empresários responsáveis e comprometidos com o desenvolvimento do nosso estado, e esperamos que o recém-empossado governo tenha um olhar para esses desafios que a população vem enfrentando dia após dia. Somente gerando uma condição favorável aos negócios, com regulamentação mais simplificada, segurança jurídica e transparência é que os empregos voltarão. Assim, haverá melhora na renda da população, criando um clima virtuoso e permanente de desenvolvimento econômico.

 

 


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