(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

O país que ainda dificulta negócios


postado em 19/02/2019 05:07

Não é novidade, infelizmente, que o Brasil está, ainda, entre os países mais complexos para se fazer negócios e com um dos sistemas tributários mais complicados do mundo. O projeto Doing Business, realizado pelo The World Bank (Banco Mundial), que mede e compara as dificuldades na estruturação de empresas e fluxo de negócios em 190 países, listou o Brasil na 184.ª posição em termos de complexidade tributária. Nosso sistema tributário só é menos complexo do que o da República do Congo, Bolívia, República Centro-Africana, Chade, Venezuela e Somália, sendo este último o pior país para se fazer negócios no mundo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), da edição de nossa Constituição Federal, portanto, de 1988 até agora, foram editadas, aproximadamente, 5,9 milhões de normas que regem a vida dos cidadãos brasileiros. Isso representa, em média, 536 normas editadas por dia corrido ou 774 normas editadas por dia útil. Ainda conforme pesquisa do IBPT, o cidadão brasileiro trabalha, em média, 153 dias por ano somente para pagar tributos.

Toda esta complexidade, somada à alta carga tributária, culmina em tributos sonegados pelas empresas, que somam, aproximadamente, R$ 390 bilhões por ano, sendo que o montante dos autos de infração emitidos representa, em média, quase 5% do PIB brasileiro.

Quando inserimos as empresas nascentes de base tecnológica, chamadas de startups, nesse sistema, os dados tendem a ser ainda piores, pois essas organizações nascem com pouco acesso a capital, com um time enxuto e com estratégia de expansão em nível global. Isto demanda vencer a complexidade do mercado brasileiro para depois escalar seu negócio para outros países, ou então imigrar com sua empresa para países onde se tem maior facilidade para fazer negócios.

Infelizmente, a grande maioria das startups tende a pensar na abertura do seu negócio no exterior muito mais como uma estratégia de fuga do ambiente brasileiro do que como um passo normal do seu plano de negócios. Ainda que o cruzamento de informações, a retenção de tributos e a fiscalização mais efetiva possam ser primordiais na queda da sonegação, a educação do contribuinte brasileiro deveria ser o principal freio para a redução dessas estatísticas.

Contudo, devido à alta complexidade da legislação tributária brasileira, os contribuintes, sejam empresas ou pessoas físicas, necessitam, no Brasil, de um time multidisciplinar de profissionais para que essa educação e planejamento tributário ocorra na prática. A importância de se ter um time com diferentes expertises para o cuidado com o planejamento tributário no Brasil se dá porque as normas tributárias envolvem direito, contabilidade, finanças e, em muitos casos, até mesmo comércio exterior.

Apesar da contratação de especialistas de diversas áreas aparentar ser mais um custo para o empresário brasileiro, esses profissionais podem não somente adequar as empresas em conformidade com a legislação, mitigando o risco de autuações, como também identificar, dentro da lei, oportunidades menos onerosas que o contribuinte pode estar perdendo por desconhecimento.

Portanto, o empreendedor brasileiro deve buscar uma integração do time de profissionais para uma boa gestão e planejamento tributário, sendo isso essencial para tornar a atividade de empreender no Brasil menos complexa e minimamente viável.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)