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Varejo acirra a concorrência no setor financeiro


postado em 13/02/2019 05:02

Entrar em uma varejista e se deparar com uma oferta gigantesca de serviços financeiros à sua disposição - de cartões de marca própria (ou private labels) a seguros variados – é algo comum a grande parte dos brasileiros. Oferecidos em parceria com grandes instituições financeiras, esses serviços são consumidos frequentemente e trazem uma margem representativa de lucro para a maioria das grandes redes que têm acesso ao consumidor.

Com a evolução tecnológica pela qual diversos setores vêm passando, esse modelo está cada vez mais perto de sofrer uma transformação: em breve, varejistas devem estar aptas a oferecer uma gama de serviços financeiros, como por exemplo crédito de forma independente e sem a necessidade de um banco parceiro para a liquidação das operações.

Uma das razões para acreditar nisso está no movimento crescente de APIs abertas. Com a regulamentação de open banking feita na Europa (a PSD2) e suas perspectivas de chegada ao Brasil este ano, mais players terão acesso a informações relevantes e valiosas de clientes, capazes de trazer novos modelos de negócio à tona.

No Brasil, um passo importante dado este ano foi a regulamentação das startups de crédito pelo Banco Central, por meio da Resolução 4.656, de abril de 2018. Com a nova norma, fintechs regulamentadas podem conceder crédito a empresas diretamente, utilizando seu próprio capital, assim como intermediar empréstimos entre pessoas através de um modelo chamado de P2P (peer-to-peer).

Essa abertura gradual aos diversos setores para lidar com serviços financeiros, somada ao cenário brasileiro de aproximadamente 60 milhões de pessoas desbancarizadas – sempre frequentando as redes físicas de grandes varejistas –, deve fazer com que esses players passem a atuar no segmento financeiro de forma cada vez mais autônoma, investindo mais nessa frente de serviços.

Nesse cenário, para não perder espaço em meio à nova concorrência, instituições financeiras devem investir num modelo diferenciado de oferta, chamado "banco como plataforma" (ou BaaP). Basicamente, trata-se de uma nova estratégia que acelera a transformação da instituição financeira tradicional, onde ela se transforma em uma plataforma de serviços aberta e modular, estruturada em modelos ágeis e digitais, e que alavanca fortemente parcerias para acelerar a oferta de novas experiências para os clientes finais e obter novas receitas.

Nesse sentido, bancos vão precisar de, cada vez mais, conhecimento para se adaptar às novas exigências do novo mercado – o que, levado a certo extremo, pode colaborar para a redução do spread bancário no país, que hoje tem um dos maiores índices do mundo. Mais do que atrair novos clientes, será necessário cruzar a maior quantidade de dados possíveis para gerar insights significativos e oferecer produtos adequados às necessidades de cada consumidor – algo que, ainda hoje, é algo muito raro por aqui.

Esse é apenas um dos aspectos da mudança que a transformação digital vai trazer dentro do setor financeiro nos próximos anos. Nesse sentido, é fundamental que líderes – não somente CEOs, mas todos os executivos de alto escalão – estejam envolvidos nesse processo, a fim de decidir qual é a melhor estratégia para cada companhia conseguir crescer de maneira sustentável em um cenário cada vez mais competitivo. O varejo brasileiro, é claro, não vai ficar de fora deste processo.

 


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