Jornal Estado de Minas

Alimento em tempo de férias

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Férias é tempo de relaxar, se divertir e se preocupar menos, de modo geral. Trabalhamos duro, por meses e meses, e merecemos desfrutar de dias ou mesmo semanas “off”, desconectados das grandes inquietudes. No entanto, quem disse que se desligar é sinônimo de alimentar mal ou de maneira dispersa? Quando estamos mais ociosos e despreocupados, muitas vezes tendemos a prestar menos atenção na qualidade e procedência das nossas refeições. Mas que tal mudarmos esse hábito comum e colocar mais sabor e saúde nas férias?

Paladar não precisa e nem deve descansar. Portanto, é fundamental aproveitar o tempo livre para escolher com mais calma os ingredientes do dia a dia, elaborar novos pratos, experimentar iguarias diferentes e, sobretudo, aprender; assim, as férias serão mais prazerosas. A primeira maneira de estreitar a relação com a gastronomia, nesse período, se dá por meio de pequenos cursos ofertados nesta época do ano. Confeitaria, oficina de pães, bases essenciais da culinária, cozinha japonesa... as opções são muitas.

Procurar consultores da área, escolas de gastronomia e chefs é um bom manual de conduta para quem deseja se cuidar. Se eles não oferecerem o serviço, certamente saberão o caminho das pedras. O investimento vale muito a pena, pois aprendemos, relaxamos a mente e descobrimos um outro universo de combinações e sabores.

Adaptar as viagens de modo a aproveitar o turismo gastronômico também pode ser uma boa atitude. Cada vez mais em alta, esse tipo de turismo valoriza passeios que despertem o viajante para um entendimento diferente e ainda mais profundo do destino em questão. Afinal, nunca é demais ressaltar: provar da culinária típica de um lugar é uma das formas mais interessantes de mergulhar na cultura da região. As cozinhas regionais guardam muito dos costumes da população, representando um jeito único de entrar em contato com elementos formadores da raiz e da identidade do local da viagem. Existem pacotes específicos para isso; basta iniciativa para pesquisar.
E o melhor de tudo é que, se não quiser, nem precisa mudar o destino que você tem em mente ou que já planejou. É só elaborar alternativas que privilegiem as experiências com a comida. Conversar com moradores, visitar locais indicados e degustar in loco as especiarias e pratos pode ser transformador.

Outra dica é frequentar pequenos festivais gastronômicos nesses períodos. É possível descobrir alternativas promissoras também no verão, com receitas frescas e leves, que levam peixes, camarão, saladas elaboradas ou até um peixe na brasa. Os caminhos não faltam. Portanto, é hora de mudar os conceitos. Em vez de “comer qualquer coisa” nas férias, aproveitemos o tempo para refinar o gosto e descobrir novas sensações à mesa – e como acompanhamento, é claro, boas companhias e uma boa bebida. Seja água, uma cerveja para matar o calor ou mesmo um bom vinho.
Afinal, como disse certa vez o escritor inglês Theodore Zeldin, “gastronomia é a arte de usar comida para criar felicidade”.

Bom descanso e bom apetite!

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