No meio corporativo, as ideias novas que surgem, com a intenção de promover o desenvolvimento das corporações, nem sempre têm acolhida de forma natural e espontânea, como pode assim parecer. Dois complicadores se destacam: a arrogância das chefias e a vaidade da maioria das pessoas. Disputas internas, geralmente, acirram o ambiente e prejudicam os interesses das próprias organizações. Diz um pensamento árabe que "condoer-se de um amigo é fácil, difícil é alegrar-se com o seu sucesso". Realmente, chorar em velório é mais fácil do que bater palmas para a ascensão de um colega de trabalho, de mesmo nível, compartilhar com os elogios que ele recebe e, sobretudo, com a premiação que ele, mesmo merecidamente, venha a receber. Desta forma, nenhuma organização escapa das fofocas, intrigas, boicote e outros sentimentos menores. Quanto maior a empresa, mais problemas para o administrador e, se ele fraquejar, os grupos informais crescem ou podem até mesmo tomar conta de determinadas ações.
Em um ambiente naturalmente competitivo, como é o caso das empresas, se o gestor não tiver intuição ou competência para acompanhar os caminhos das pessoas-chave, especialmente, a forma como interagem, e com quem elas se comunicam, os resultados empresariais podem ficar comprometidos. Determinadas soluções apresentadas, sejam de desenvolvimento tecnológico ou de mudanças administrativas, causam impactos diferentes de uma organização para outra.
Não é incomum determinado chefe, temendo a competência do subordinado, passar a depreciá-lo, com medo de perder seu cargo. Também, nem sempre uma boa solução avança por inveja de quem deveria promovê-la ou pela defesa exagerada da posição que ele ocupa. Muitos executivos e empresários precisam rever conceitos gerenciais e abrir caminho para as novas ideias, sobretudo porque elas custam muito menos do que as máquinas.
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