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Um passo adiante no descompasso


postado em 14/01/2019 05:05

Quanta fofoca! Os derrotados na eleição presidencial, petistas, esquerdistas, saudosistas e tantos outros istas do mesmo naipe não se conformam. Fizeram tudo para impedir a candidatura de Jair Bolsonaro. Fizeram tudo, até esfaqueamento, ainda não apurado, para derrotá-lo. Fizeram tudo para impedir sua posse.  Agora, fazem tudo para inviabilizar seu governo, a execução de seu programa, o cumprimento das metas que prometeu. E procuram incompatibilizar o presidente com seus ministros. Ô gente insistente!

Na primeira semana de uma nova administração, qualquer que seja ela, privada ou pública, os que acabam de assumir o comando, a gestão da empresa, do órgão público, do governo, devem sempre testar os instrumentos de controle, experimentar os comandos colocados à sua disposição, rever, mantendo ou corrigindo, os programas elaborados para cada área. E, mais importante, entrosar-se com a sua equipe, analisar a personalidade de cada um dos que vão com ele trabalhar. Ouvir, conversar, trocar ideias com seus auxiliares e subordinados, certamente buscando aprender e aproveitar o que eles sabem, além de orientar, mostrar e expor o que pretende fazer no comando da corporação.

Bolsonaro, um militar disciplinado por formação e comportamento, montou um grupo altamente qualificado, é o que todos reconhecem, para cumprir as metas e as promessas que fez durante a campanha – a mais modesta e a mais barata já feita na história eleitoral brasileira.  Deu a todos plena e total liberdade na montagem da estrutura dos setores que vão dirigir. Recomendou a todos eles o preenchimento dos cargos de chefia e de assessoramento com pessoal técnico, especializado, sem nenhuma influência político-partidária, como era da tradição brasileira.

É evidente que ele se reservou o poder de interferir, de sugerir, de corrigir rumos que considerasse desviados dos que foram por ele traçados. Ouviu, leu, pediu esclarecimentos que julgava necessários. E deu suas opiniões pessoais sobre os temas versados nas reuniões que realizou com a equipe. Um trabalho exaustivo, especialmente pelo prazo em que foi realizado – uma semana.

De espírito sempre aberto, expansivo, comunicativo, nunca se recusa a dar entrevistas, a responder a perguntas, muitas vezes capciosas, maldosas, dos jornalistas. Já disse isso em artigo anterior, de 31 de dezembro do ano passado: “Ele é convivente, falante, no meu entender até demais. Dá entrevistas quase diárias, um exagero”. Foi o que aconteceu e que está sendo tão explorado pela mídia, quando fez algumas afirmações, consideradas fora do esquadro, sobre questões ligadas à economia, área por ele reservada, com exclusividade, para Paulo Guedes, o ministro superpoderoso do novo governo.

Atropelado pelos questionamentos e pelo excesso de informações que lhe foram passadas nos encontros de trabalho da primeira semana, Bolsonaro deu como já decididas questões ainda em fase de estudo, outras equacionadas de forma diferente da que anunciou. Pelo que se pode perceber, em algumas das respostas, como a da idade para aposentadoria de homens e mulheres, ele expôs o que pensa a respeito, o que gostaria de ver incluído e adotado na Reforma da Previdência, preocupação maior dele e de todos os brasileiros: 57 anos para as mulheres, 62 anos para os homens, com implantação bem mais rápida do que a que consta do projeto que está paralisado na Câmara dos Deputados. Como diria um famoso jurisconsulto mineiro, ex-presidente do STF, uma fórmula nada despicienda. Até, acredito, bastante razoável para enquadrar um dos pontos mais sensíveis e controvertidos da nova legislação previdenciária.

Os esclarecimentos e as retificações dos equívocos foram feitos e divulgados no dia seguinte à entrevista, de forma transparente, pelos que os corrigiram. Todos eles devidamente autorizados pelo presidente. Não usaram formas e fórmulas amenizadoras, as chamadas “meias palavras”, como acontecia antes. Foram diretos:  “O presidente se equivocou”.

Mas o mais curioso e surpreendente do episódio aconteceu depois. Diante da boa recepção da fórmula sugerida pelo presidente, a da redução da idade para a aposentadoria e antecipação da vigência do novo critério, o que ajudaria a reduzir, em prazo mais curto, o avassalador déficit dos institutos de previdência, já se cogita adotá-la no projeto de reforma que está sendo preparado pelo atual governo.

Nem tudo, portanto, senhores catadores de impropriedades que poderiam comprometer os novos governantes, pode ser classificado como equívoco, como confusão, como desentrosamento, como des-preparo. Pelo contrário, o aparente e eventual descompasso entre o presidente e seus ministros pode vir a ser um passo adiante e decisivo se adotado mesmo, no aperfeiçoamento de uma reforma que está demorando a se transformar em realidade. Mesmo sendo considerada por todos, até pela oposição mais radical, como a única capaz de manter em dia o pagamento dos pensionistas do INSS. E de reequilibrar nossa capenga e falida economia, nossas finanças deficitárias. Enfim, de nos livrar da herança criminosa legada por políticos insensatos e governantes irresponsáveis, quase todos condenados e presos.

Pode parecer exagero, mas chego a acreditar que a Reforma, sempre grafada com maiúscula pela sua importância, desde que seja ampla, impessoal, irrestrita, será também capaz de restaurar a esperança e a confiança de dias melhores, de menos desemprego, de menos pobreza, de mais igualdade, de mais desenvolvimento.  Acreditar e sonhar não faz mal a ninguém. Pelo contrário.


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