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Relações China e Estados Unidos

Os presidentes Donald Trump e Xi Jiping resolveram estabelecer uma pausa nessa guerra comercial porque perceberam que ninguém vai ganhar nada


postado em 07/01/2019 05:02


Os dois principais mercados do mundo são da China e Estados Unidos, muitas vezes como compradores, outras como vendedores. Por esse motivo, toda e qualquer movimentação dentro dessa relação bilateral tem efeitos universais, como, por exemplo, se uma determinada commodity é sobretaxada entre eles, há a possibilidade de um outro país que a produz sair ganhando.

Por mais que esses mercados afetem o mundo globalizado como um todo, tais ações não são tão simples, já que dependem de fatores além da produção, como a parte da logística, custo e tributos locais.

Entretanto, desde a chegada da administração Trump, existe uma proposta de fortalecer a produção local de produtos, ou seja, o governo estadunidense deseja que a mercadoria que é produzida na China também seja produzida nos Estados Unidos. Mas hoje, no contexto da globalização, boa parte das produções chinesas são realizadas também no Leste asiático, ou seja, essa mudança que os Estados Unidos almejam requer toda uma cadeia logística, que pela China já foi criada com diversos outros países que desenvolvem peças para serem montadas em fábricas chinesas, que então são exportadas.

A miopia do governo estadunidense o fez acreditar que era possível instalar facilmente uma cadeia de produção nesse nível, o que o fez entrar em guerra comercial com a China, ao sobretaxar a importação, principalmente de eletrônicos, a fim de ver como isso afetaria a indústria local. Só que, ao instalar essa produção, a indústria norte-americana enfrentou diversos desafios, como a questão salarial que é muito mais alta, relacionamentos com sindicatos e compra de matéria-prima, já que boa parte é importada. Então, os próprios comerciários começaram a perceber que essa cadeia não está sendo produtiva para eles e que, se continuar assim, todo mundo pode sair prejudicado.

Os Estados Unidos viraram o centro de design, criação e desenvolvimento de diferentes segmentos, mas os centros de produção realmente acabam sendo em países de baixo custo. Como a China não gostou da postura do governo Trump, seus governantes se posicionaram de forma a enfrentar e sobretaxar a chegada, por exemplo, de soja, milho e insumos que ela é acostumada a comprar dos Estados Unidos.

Por conta disso, houve um limbo durante alguns meses, mas, em dezembro, durante um encontro em Buenos Aires, os presidentes Donald Trump e Xi Jiping resolverem estabelecer uma pausa nessa guerra comercial porque perceberam que ninguém vai ganhar nada, e combinaram de fazer a troca de alguns produtos e insumos para ver como esse relacionamento pode acontecer. O governo chinês se comprometeu a comprar commodities norte-americanas, o que pode gerar grandes oportunidades de aumentar o desenvolvimento dessas negociações e torná-las mais tranquilas.

Mas isso ainda pode afetar os demais países. Se a guerra comercial se firmasse, ainda que ruim em alguns aspectos, poderia ser boa para que o Brasil pudesse se destacar como parceiro de commodities da China. Ainda assim, teriam que ser levadas em conta a capacidade do mercado brasileiro, como também questões de produção e clima. Levando em consideração que a China já é um dos principais compradores de commodities de vários países.

Todo esse desejo geopolítico e comercial afeta outras partes da indústria e do comércio, principalmente a logística. Se há de fato uma mudança de relação de compra e venda entre dois países, há também na rota de navios, além de cambiais. Com isso em mente, é necessário estar com atenção para acompanhar os próximos capítulos dessas negociações para entender o que pode acontecer no comércio exterior mundial.

 

 


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