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Quanto tempo no banheiro. É o que falta


postado em 24/12/2018 05:03

Os que morrem de medo e vivem em pânico com a chegada de 1º de janeiro, aquele dia que parece destinado a mudar a estrutura política, administrativa,  judiciária, ética de nosso país, tentam, ainda, felizmente sem sucesso, interromper o curso da história. Ameaçam, criam, inventam, divulgam, repetem versões fantasiosas, forjadas e mal-intencionadas, de fatos que poderiam envolver os que, para desgosto deles, assumirão o governo dentro de oito dias.
São tantas e tão disparatadas as denúncias e boatos que procuram atingir o novo presidente, seu vice, seus ministros já escolhidos, e sua família, que o refrão, que ninguém mais aguenta ouvir nem levar a sério, desafinou. As boas notícias são omitidas, ignoradas. Exemplo exemplar: o então deputado federal Jair Bolsonaro foi, talvez, o único parlamentar a não gastar toda a verba que lhe cabia no orçamento da Câmara. Nos sete anos de mandato, de 2010 a 2017, dos R$ 3.017.034,68 recebidos, ele devolveu R$ 1.291.395,52. Correto e econômico, como convém à nova República.
Entre os últimos boatos, o da tal “pena de morte” que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, estaria  sugerindo para ser adotada no Brasil. Basta ler a notícia publicada por um jornal do Rio para perceber tratar-se de uma hipótese inexistente. O repórter, na busca de fatos comprometedores, encontrou, no Itamaraty, mensagem telegráfica do embaixador brasileiro em Jacarta, sobre a visita que Eduardo fez há um ano e meio, em julho de 2017, a uma penitenciária na Indonésia. Conversando com o diretor da prisão, teria elogiado o país pelo “rígido tratamento dado a traficantes de drogas”. Como o sistema penal da Indonésia adota a pena de morte para traficantes de drogas, o repórter concluiu que Eduardo teria ido lá para estudar a aplicação da mesma penalidade no Brasil. Acontece que cláusula pétrea de nossa Constituição impede a sua adoção. Já desmentida pelo presidente eleito. Ponto final.


NO BANHEIRO
A propósito de campanha contra o candidato eleito, recebi WhatsApp de um leitor, José Maria Barcelos, sobre o mesmo tema. Depois de fazer referência a “um grupo jornalístico que tudo faz para evitar a posse de Bolsonaro”, comenta: “Agora, tomaram assinatura contra assessores de seu filho e de uma funcionária do então deputado, hoje presidente eleito. Ela exercia, afirmam, ‘atividade profissional, fisioterapia, mesmo trabalhando no gabinete’”. “Só falta descobrir, e revelar”, escreve Barcelos para ressaltar o ridículo da situação, “o horário e o tempo em que a moça, ‘mesmo trabalhando no gabinete’, gastava nas suas idas ao ba-nheiro...”. Conclui o leitor: “O jeito é trocar de canal e de jornal”.


LÍDERES E SANTOS
Basta ser bom de conversa, basta cercar-se de pessoas crédulas, carentes, destituídas ou precarizadas de senso crítico, se possível com pouca cultura, pouca inteligência ou afetadas por lavagens cerebrais e por submissão a  ideologias que ofereçam vantagens atraentes, embora evidentemente falsas. Pronto. O líder popular e populista está feito e acabado. Seja ele candidato a político ou a salvador de almas e milagreiro capaz de curar doenças físicas e comportamentais.
Foi assim que surgiram, e se tornaram famosos, os lulas, os joãos de Deus,  e semelhantes. No início da trajetória mitômana, o sucesso vem fácil. Os lucros de toda ordem, também. Na política, eles se transformam em condutores da massa crédula e ignara. Na dos milagreiros, recebem romeiros de toda parte, até do exterior, que buscam curas do corpo e da mente. Mas um dia, pode demorar mas acontece, a casa cai. Cai na cabeça dos mitos enganadores e dos que os seguiam e neles, enganados, acreditavam.
Os casos recentes, o enredo não é inédito, estão aí, nas páginas dos jornais, nas reportagens das redes de televisão. O que enganava e conduzia seus adoradores na política, no jornalismo comuno-esquerdopata, até alguns irresponsáveis no Judiciário – não é Marco Aurélio de Mello? – está hoje condenado e preso por crimes que praticou e deixou praticar nos tempos de bonança eufórica. O que oferecia milagres, o que prometia fazer o paralítico andar, o mudo falar, o surdo ouvir, a cura para os males do corpo e da alma, o que abusava das mulheres sofridas, carentes, ingênuas, talvez, hipnotizadas, provavelmente, foi afinal desmascarado e preso para responder pelos crimes que praticou. Antes, sabido, sacou de suas contas e fundos bancários parte da fortuna que os ingênuos romeiros gastaram com a compra de garrafas de água que ele benzia e remédios inócuos que ele vendia em suas falsas farmácias, nos restaurantes, lojas de presentes, na hospedaria que ele montou na pequena cidade goiana transformada em seu pátio de supostos milagres.


É NATAL
Chega de falsos líderes e milagreiros fajutos. Hoje, dia 24, é véspera de Natal. Vamos comemorar e rezar pelos verdadeiros santos e pelos que ainda podem ser chamados de lideranças políticas confiáveis. Até porque, quanto aos últimos, suas promessas serão postas à prova a partir de 1º de janeiro.
Feliz Natal, feliz ano novo!


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