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A continuidade de Portugal no Brasil

Está na hora de assumir nossos erros e culpas, e olhar para frente com decisão


postado em 23/12/2018 05:02

Notícia não há no âmbito da OCDE, e mesmo do Mercosul, um aparato fiscal como o do Brasil, hostil ao empresariado, a fomentar por motivos procedentes e também fúteis autuações tributárias milionárias, pondo em risco a própria existência dos contribuintes.

É vezo nacional opor o Fisco ao contribuinte, de herança portuguesa, muito ibérica, pela necessidade de Espanha e Portugal controlarem a imensa extensão colonial: América do Norte (México, Colorado, Nevada, Califórnia, Texas, Flórida); América Central, caribenha e do Sul, onde o Brasil, falante de português, é a potência mais forte, mais extensa e populosa, embora colonizado pelo pequeno povo lusitano, na época pouco populoso, com 780 mil habitantes no extremo ocidental da Ibéria. Os portugueses eram pragmáticos, a burocracia vazia foram os brasileiros que criaram e desgraçou tudo.

Por isso mesmo, embora tenha sido a primeira potência marítima transcontinental, superando os genoveses e venezianos, senhores do Mar Mediterrâneo, Portugal não pôde, à falta de controles burocráticos e funcionários, exercer o domínio pleno do seu imenso império colonial – o Brasil (incluindo a banda oriental do Prata, o Uruguai), Trindade, Fernando de Noronha, Arquipélago dos Açores, ilhas da Madeira e do Sal, Guiné, Cabinda, Angola, Moçambique, Gôa, Gamão e Diu, esses três últimos territórios na Índia, portos na Indonésia, Macau (na China), o porto de Bancoc (na Tailândia) e a feitoria de Nagasaki (no Japão), entre outras. A empreitada exigia frotas marítimas comerciais e militares, aparato e controle burocrático colonial e, naturalmente, tropas nos locais. Mas faltava gente, em que pese a grande Marinha lusa (cerca de mil e duzentas naves), o apoio dos banqueiros judaicos sefarditas (que depois foram para a Holanda, graças à estupidez da Inquisição católica pressionando a Coroa lusa) e a marinhagem destra dos comandantes navais. O esforço português foi imenso, opulentou a aristocracia, enriqueceu os comerciantes (muitos foram morar em Londres), mas deixou o meio rural português despovoado, criando ao cabo o Brasil.

Desde dom João I, o primeiro rei da dinastia de Aviz, a realeza mais capaz de Portugal, entre as três (a de Borgonha, fundadora da nação; a de Aviz, da consolidação e expansão; e a de Bragança, do fausto, da inépcia e da decadência), o reino sempre precisou de gente (hoje sua população mal chega a 11 milhões de pessoas, embora o país esteja muito bem).

Não obstante, o gosto dos Bragança pela opulência, e apesar da figura exponencial do marquês de Pombal, ao tempo de dom José (o império não tinha uma Índia, nem colônias transplantadas, EUA e Canadá, como ocorreu com o Reino Unido, afora a Austrália e a Nova Zelândia). Não havia como Portugal manter e desenvolver seu império colonial e defendê-lo de franceses, holandeses e ingleses, com seguidos sacrifícios. Com o faustoso dom Manuel, nos anos 500, e depois do amalucado e místico dom Sebastião ter perdido 840 navios na desastrosa batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos (apenas seis mil portugueses voltaram à pátria, o resto morreu ou foi escravizado pelos árabes e berberes), o reino português entrou em declínio, bastando dizer que o duque da Alba, em 1580, entrou em Lisboa à frente de 800 homens e tomou posse do reino, anexando-o à Espanha, situação que perdurou até 1640, quando houve a restauração de Portugal. Para o Brasil, foi até bom. Entradas e bandeiras saíram de Salvador e São Paulo, e iam além da linha de Tordesilhas, expandindo nosso território. Aliás, essa batalha marcou o início da decadência portuguesa, em contraste com a de Aljubarrota (1383), em que dom João I de Aviz derrotou a Espanha e a França (eram 8 mil portugueses contra 31 mil castelhanos e franceses) e que garantiu nos anos 1300 d.C. a existência de Portugal como a única nação da Península Ibérica a libertar-se da hegemonia espanhola. Nem os catalães, nem os bascos escaparam. Em homenagem ao feito foi erguido o Mosteiro da Batalha no lugar da refrega.

Está na hora de os brasileiros honrarem seus antepassados e os colonos imigrantes, as comunidades fenícias (Líbano e Síria), os alemães, polacos, italianos, galegos e japoneses que vieram para cá juntar-se às populações indígenas assimiladas e africanas, que nos tornam a maior democracia racial do mundo.

Está na hora de assumir nossos erros e culpas, e olhar para frente com decisão. Temos tudo para ser a quinta potência mundial (EUA, China, Japão, Alemanha e Brasil). É a economia capitalista que pode nos levar a tanto, depois de banir os PTs e os Psols, esquerdopatas e complexados (arautos de sociedades igualitárias e ditatoriais). A Rússia e a China, a tempo, deixaram de ser socialistas e estão se dando bem.

Com Bolsonaro, o Brasil, finalmente, encontrará o caminho do crescimento e de maior igualdade, mediante um regime liberal na economia. PT, nunca mais.


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