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Combate à violência

De janeiro a setembro, 39 mil pessoas morreram em homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte


postado em 23/12/2018 05:02

Em meio a tanta desesperança no país, uma boa notícia: o número de pessoas mortas de forma violenta caiu 12,4% nos nove primeiros meses de 2018 ante o mesmo período do ano passado. “Trata-se de uma grata surpresa”, diz o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. A queda nos assassinatos reflete uma série de medidas que vêm sendo colocadas em prática e das quais não podemos abrir mão.

Mas que fique bem claro: o Brasil ainda está muito longe de ser um lugar tranquilo para se viver. O número de mortes violentas continua elevadíssimo e sem precedentes no mundo. A situação é crítica. Entre janeiro e setembro deste ano, 39.183 pessoas perderam a vida em homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Continuamos, portanto, mergulhados em uma guerra civil para a qual não podemos fechar os olhos.

Pelos dados do Monitor da Violência, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 24 estados e no Distrito Federal, houve redução das mortes violentas. Em sete deles, a queda foi superior a 20%. Na outra ponta, em dois estados, Roraima, que está sob intervenção federal, e Tocantins, a criminalidade disparou, o que só confirma que o país ainda está dando os primeiros passos no sentido de reverter a tragédia que destrói famílias e mancha a imagem do Brasil mundo afora.

Chama a atenção neste momento, em que a luz apareceu no fim do túnel, o fato de governos eleitos nos âmbitos federal e estaduais adotarem uma retórica belicista. Ao incentivarem o uso de armas e defender a violência como forma de conter a criminalidade, fragilizam os avanços conquistados. Portanto, ainda há tempo para jogar fora os discursos populistas, que incutem esperanças na população, mas, na verdade, aumentarão os males que afligem todos.

Na avaliação de especialistas, do pouco que se caminhou até agora para o combate às mortes violentas, deve-se destacar a criação dos centros regionais de comando por conta de grandes eventos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada. Isso permitiu a integração de forças federais, estaduais e municipais, principalmente nas áreas de inteligência. Outro avanço importante foi o processo de busca e apreensão em presídios, ações comandadas pelas Forças Armadas.

Deve-se ressaltar, também, a criação do Ministério da Segurança Pública e do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que fixa diretrizes para a atuação conjunta de diferentes órgãos de segurança federais, estaduais e municipais. Todo esse arcabouço permitiu operações conjuntas nas regiões de fronteiras do país, por onde se sabe entram as armas e as drogas que sustentam o crime organizado. E mais: várias cidades passaram a desenvolver atividades preventivas de cultura, educação e esportes nos bairros mais violentos.

Tudo isso confirma que há um norte a ser seguido e que a união de forças, sem ideologismo, pode mudar a história de uma batalha que se dava como perdida. Sim, o combate à violência é possível. Sim, a redução das mortes violentas, também. Tomara o país e seus governantes tenham maturidade suficiente para não transformar essa esperança em frustração.


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