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Evangelho sem ideologias

O evangelho, no conjunto da revelação que a palavra de Deus apresenta, é um arcabouço espiritual e moral insubstituível


postado em 07/12/2018 05:06

Os cristãos não podem se conformar com este mundo. Esta indicação do apóstolo Paulo é bem adequada para a atualidade, quando as pessoas se deparam com diferentes ideologias. Cada uma delas capaz de promover variadas configurações para os contextos social, político e cultural. Diante dessas ideologias, os cristãos não podem negociar os ensinamentos do evangelho. Os valores cristãos inspiram a cidadania do reino de Deus e, consequentemente, a cidadania civil, de modo a qualificá-la.

Obviamente, ser fiel aos princípios cristãos, diante das mais diversas ideologias, não significa isolar-se ou distanciar-se do mundo. Os discípulos de Jesus têm o compromisso insubstituível de testemunhar, com a vida, a sua fé. Vale retomar o que ensina o sermão da montanha. Jesus, na sua maestria, define e convoca seus discípulos a serem "sal da terra e luz do mundo". Conforme orienta o Mestre, a luz, referência a comportamentos e condutas, não pode ser colocada debaixo de um caixote, por ter a propriedade de iluminar todos os que estão na casa. No que se refere ao sal – referência à sabedoria – não pode perder o seu sabor, tornando-se insosso.

Sal e luz, alusões diretas e instigantes ao comportamento cristão, no contexto de sombras e dissabores próprios do mundo. Por isso, a tarefa missionária de todos é cultivar um jeito de ser que esteja em sintonia com a condição humana de filhos de Deus. Dessa forma, cada pessoa torna-se instrumento para alcançar o que se antevê pela fé: a consumação do reino de Deus. Jesus, no capítulo 17 do evangelho de São João, ora pelos discípulos e pede a Deus que não os retire do mundo, mas, ao mesmo tempo, não os deixe "ser do mundo". Permaneçam fiéis e íntimos do Pai, a exemplo de Jesus, para alcançar a audaciosa meta: que "todos sejam um".

O evangelho, no conjunto da revelação que a palavra de Deus apresenta, é um arcabouço espiritual e moral insubstituível, páginas que configuram a identidade do discipulado em Jesus Cristo. Dedicar-se às sagradas escrituras revela uma certeza: a palavra de Deus é maior que ideologias, sempre marcadas por limitações. Os cristãos não podem permitir que o evangelho de Jesus, límpido e cristalino ensinamento, seja confundido, misturado, substituído ou negociado, para se adequar a qualquer tipo de ideologia – seja política, de gênero, cultural ou qualquer outra. Ora, distorcer o que ensina o evangelho é, justamente, estar na contramão do que diz a palavra de Deus. Trata-se de um grande risco, pois todos podem ser arrastados pelos estereótipos de "esquerda" ou de "direita" que empunham bandeiras incontestavelmente opostas às lições de Cristo.

A complexidade desse risco se agrava no momento em que certas ideologias disseminam características aparentemente similares às do evangelho, mas, na verdade, promovem a mistura "do joio com trigo". Existem, ainda, os que dizem defender os ensinamentos cristãos, mas, na prática, agem na contramão do evangelho. Deve-se, pois, ter clareza sobre os valores e princípios que nascem da palavra de Deus, para não misturá-los com o emaranhado de ideologias que permeiam o caminho sociocultural e político da sociedade.

Os panoramas históricos e tipológicos de ideologias comprovam as suas complexidades, demonstradas pelas relativizações ou defesa de certas situações compreendidas como "verdades absolutas". Isso é bem diferente do evangelho, origem de uma antropologia e uma espiritualidade que não permitem adaptações. Sabe-se que é impossível para uma sociedade ser distante ou isenta em relação a ideologias. Por isso mesmo, é muito necessário reconhecê-las como uma circunscrita visão de mundo. Uma perspectiva, entre tantas, que se torna ponto de partida para ações de pessoas ou grupos. A partir dessa realidade, pede-se a cada cristão, diante da ideologia de gênero, de ideologias político-partidárias ou culturais, para resistir, na força do testemunho de fé. Uma postura necessária para fazer valer a ética e a moral do evangelho de Jesus, no conjunto de sua palavra, que é de Deus, desdobrada na doutrina da fé e nos seus ensinamentos.

Oportuno e qualificado exercício é ler, meditar e orar o sermão da montanha, capítulos cinco a sete do evangelho de Mateus, para uma avaliação pessoal e de grupos sociais. Quem se dedicar a esse exercício, diariamente, viverá um processo contínuo de purificação, livre de ideologias, acima delas. Testemunhará com fidelidade o evangelho.

 


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