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3 a 0. Ele perdeu. O Brasil ganhou


postado em 15/11/2018 05:05

Perdeu. E de goleada. Três a zero.  Foi emocionante. Para o réu, Lula da Silva, e para seus seguidores, devedores de favores, apaniguados, órfãos da extrema-esquerda, muito mais emocionante, e decepcionante. Valeu ter acordado cedo, e ficar mais de nove horas diante da telinha. Ficamos, os não envolvidos nas maracutaias, recompensados e, se lei for pra valer, livres para sempre do camelô bem falante de produtos não confiáveis.


Os votos, todos viram e sabem, foram da melhor qualidade. Só o desembargador-relator, João Pedro Gebren Neto, leu mais de 400 páginas de análise e argumentação impecáveis, durante 210 minutos, ou seja, três horas e meia. O presidente da 8ª Turma e revisor do processo, desembargador Leandro de Paulsen, sério, objetivo, lógico no raciocínio, criou a frase que ficará na história forense sobre as falcatruas praticadas por Lula e seu grupo: "Não é mais admissível dinheiro público viajar na bagagem da impunidade". O último a votar, desembargador Victor Luiz dos Santos Laus, chegou a criar suspense. Professor universitário, deu no começo uma longa, exaustiva aula de  direito constitucional, penal e processual. Excelente na didática, esclareceu tudo o que de juridiquês o tema envolvia, antes de anunciar seu voto, que seguiu os dois anteriores. Goleada, 3 a 0. Todos suspiramos aliviados.


Quem não acompanhou perdeu a lição e a emoção de um julgamento histórico, e a constatação de que ainda temos juízes em muitas berlins que ainda existem, felizmente, por aí. Como aqueles das bonitas paisagens curitibanas (Sérgio Moro), e das serras gaúchas (Gebren, Paulsen, Laus). Vale, por justiça, mencionar que os três julgadores, citaram e elogiaram várias vezes a Ação Penal 470, chamada de mensalão, comandada com rigor e brilho no Supremo Tribunal Federal pelo ministro (mineiro) Joaquim Barbosa. Que inaugurou no país a era da condenação de políticos e outros poderosos corruptos, era ampliada e consagrada por Moro.
Se a decisão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região for cumprida, Lula cumprirá não nove anos e meio de cadeia, como Moro havia decidido, mas 12 anos e um mês, em regime fechado. E se a Lei da Ficha Limpa não for desrespeitada pelo  Tribunal Superior Eleitoral ou pelo Supremo Tribunal Federal, ultimamente bastante titubeante, além de abusadamente invasivo dos outros dois poderes e até mesmo de outro tribunal, o STJ (não é, ministra Cármen Lúcia?), Luiz Inácio da Silva, dito Lula, ficará inelegível. A propósito, o relator da Lei da Ficha Limpa, deputado Índio do Brasil, declarou depois do julgamento: "Lula ficou inelegível. Ele pode espernear, mas é a lei". Falou quem pode.


Me permito, –  sempre sustentei a tese nos meus escritos, desde a espetaculosa prisão, há mais de 20 anos, de um jovem banqueiro mineiro acusado de ter praticado alguma ilegalidade, e posteriormente absolvido, –  uma observação/advertência necessária. Se Lula for preso mesmo (muitos ainda duvidam), por favor, não o exibam como troféu barbudo nem me venha a algemá-lo e acorrentar suas pernas, como medievalmente fizeram com o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, outro corrupto condenado. Ninguém merece tanta humilhação, nem eles, dois simpáticos cidadãos desviados dos bons caminhos. Velhos amigos e comparsas, não são feras perigosas, não mordem, são valentes apenas na verborragia. E no comando de obedientes corruptos e de assaltantes de petrobrases infiltradas e desguarnecidas. Recolham Lula, sem estardalhaço, à cadeia. E nós ficaremos agradecidos, pois ficaremos livres dele, de sua demagogia e de sua irresponsabilidade. Basta isso.


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