Jornal Estado de Minas

A 4ª Revolução Industrial

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Entre os muitos desafios que tem pela frente, o Brasil terá de se preparar — e rapidamente — para as transformações provocadas pela Quarta Revolução Industrial. A superação não implica somente altos investimentos em infraestrutura e melhoria nos parques industriais, mas principalmente em educação e capacitação dos jovens para o futuro mercado de trabalho e dos que estão empregados, evitando que a massa de desocupados, hoje em mais de 12 milhões de pessoas, seja ainda maior. O Fórum Econômico Mundial (FEM) prevê que, até 2021, pelo menos 7 milhões de empregos estejam extintos devido às transformações tecnológicas e financeiras que ocorrem em todo o planeta.


Batem à porta internet das coisas, sistemas ciberfísicos, computação em nuvem, nanotecnologia, impressão 3D, robótica e ciberdependência. A velocidade das inovações e das descobertas, favorecidas pelo grau de tecnologia alcançado, exige de todas as nações adequações rápidas a fim de que não fiquem a reboque de potenciais parceiros econômicos e comerciais.


O tempo entre a primeira e a terceira revoluções industriais foi superior a três séculos. Hoje, estamos a menos de 100 anos das últimas transformações, que surgiram em meados do século 19. As mudanças ocorrem em ritmo frenético. O Brasil, no entanto, não consegue dar passos largos na educação, fundamentais para acompanhar toda essa evolução.


Hoje, são 11,8 milhões de analfabetos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada no fim do ano passado — pouco menos que o total de desempregados. O Brasil está entre as piores nações no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudante (Pisa), coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre 70 países.

O último resultado, divulgado em 2017, mostrou uma queda de pontuação nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. O país ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática.


Mudar essa realidade impõe ao poder público ações efetivas que tornem a educação prioridade no país. Não basta ter o setor em primeiro lugar nos discursos oficiais e dos futuros candidatos ao comando da nação. É urgente tomar decisões que a tornem, efetivamente, a grande aposta nacional. Não há outro caminho para tirar o país do eterno grau de nação “em desenvolvimento”. O descaso e o desperdício de recursos destinados à educação significam empurrar o Brasil para o atraso, para a rota inversa às necessidades do mundo moderno. É aprisioná-lo no subdesenvolvimento.

 

 

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