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A sa­be­do­ria dos ci­clos

Desperdiça-se a oportunidade para ganhos que poderiam levar indivíduos e a sociedade a alcançarem metas importantes


postado em 02/11/2018 05:07

A sa­be­do­ria dos ci­clos en­si­na, com sim­pli­ci­da­de, que a vi­da se con­fi­gu­ra a par­tir de elos que se abrem e se fe­cham. Im­por­tan­te sa­ber a ho­ra cer­ta pa­ra ini­ciar um ci­clo ou fe­chá-lo. Ad­mi­nis­trar de for­ma equi­vo­ca­da os ci­clos da vi­da re­sul­ta em per­das. Pa­ga-se ca­ro pe­la fal­ta de sa­be­do­ria na ges­tão de di­fe­ren­tes fa­ses. Tra­ta-se, ob­via­men­te, de um de­sa­fia­dor pro­ces­so exis­ten­cial. Por fal­ta des­sa sa­be­do­ria, tro­pe­ça-se nas es­co­lhas. E a vi­da é fei­ta de es­co­lhas.

Per­de-se mui­to com a in­com­pe­tên­cia pa­ra con­du­zir pro­ces­sos. Os re­sul­ta­dos são atro­pe­los e des­com­pas­sos ge­ran­do pre­juí­zos. Des­per­di­ça-se a opor­tu­ni­da­de pa­ra gan­hos que po­de­riam le­var in­di­ví­duos e a so­cie­da­de a al­can­ça­rem me­tas im­por­tan­tes. Es­sa in­com­pe­tên­cia em re­ger pro­ces­sos de­ri­va, em par­te, da sín­dro­me da des­co­ne­xão: a pes­soa des­co­nhe­ce qual é o seu lu­gar e a re­le­vân­cia da sua par­ti­ci­pa­ção em am­bien­tes ins­ti­tu­cio­nais, seg­men­tos di­ver­sos ou mes­mo no con­tex­to mais am­plo da so­cie­da­de.

As opi­niões são des­co­ne­xas, in­di­ví­duos se acham os “do­nos” da ver­da­de – pu­ra ilu­são. Es­sa sín­dro­me le­va à per­da da ca­pa­ci­da­de pa­ra dis­cer­nir e in­ter­pre­tar a rea­li­da­de. Con­se­quen­te­men­te, mis­tu­ra-se tu­do, sem ade­qua­da lei­tu­ra dos ce­ná­rios so­cio­po­lí­ti­cos, cul­tu­rais, re­li­gio­sos, en­tre tan­tos ou­tros. Per­de-se a no­ção dos ci­clos da vi­da. Sa­ber re­co­nhe­cê-los é fun­da­men­tal pa­ra iden­ti­fi­car e ge­rir bem as mui­tas eta­pas, des­de seu iní­cio, o de­sen­ro­lar dos pro­ces­sos, até o mo­men­to de sua con­clu­são.

So­men­te as­sim po­dem-se al­can­çar con­quis­tas, pois a vi­da, em sua com­ple­xi­da­de, é mui­to mais que um con­jun­to de da­dos ma­te­má­ti­cos. Exi­ge sa­be­do­ria na ar­ti­cu­la­ção das mui­tas va­riá­veis que de­fi­nem ca­da ci­clo, pro­du­zin­do avan­ços e en­con­tran­do res­pos­tas, re­cu­pe­ran­do sen­ti­dos e rea­bi­li­tan­do va­lo­res. A sa­be­do­ria dos ci­clos na com­po­si­ção da vi­da pes­soal, fa­mi­liar, re­li­gio­sa e po­lí­ti­ca é uma re­fe­rên­cia ci­vi­li­za­tó­ria no te­ci­do de uma so­cie­da­de, nas suas prá­ti­cas so­ciais e po­lí­ti­cas.

A ine­vi­tá­vel ex­pe­riên­cia da mor­te re­ve­la uma ver­da­de: os di­fe­ren­tes ci­clos da vi­da, in­va­ria­vel­men­te, che­gam a um fim. Por is­so, é pre­ci­so ur­gên­cia em ge­ren­ciá-los bem, pois a mor­te – fim de um ci­clo – não po­de sig­ni­fi­car fra­cas­so. Em vez dis­so, de­ve re­pre­sen­tar a pas­sa­gem pa­ra uma no­va eta­pa. O Mes­tre en­si­na: a mor­te é ca­mi­nho pa­ra uma vi­da que não pas­sa, cu­ja ga­ran­tia vem d’A­que­le que mor­reu e res­sus­ci­tou, Je­sus Cris­to, o úni­co Se­nhor e Sal­va­dor. Na mor­te de Je­sus, a mor­te hu­ma­na, ex­pe­riên­cia sob o sig­no do pe­ca­do, tor­na-se aces­so à vi­da. Deus per­ma­ne­ce fiel ao res­sus­ci­tar Je­sus pa­ra uma vi­da no­va.

Iden­ti­fi­ca­da com a mor­te de Cris­to, a mor­te hu­ma­na tor­na-se sa­cra­men­to pas­cal da pas­sa­gem des­te mun­do pa­ra o Pai. A mor­te, as­sim, fe­cha um ci­clo, o tem­po que é da­do a ca­da pes­soa, co­mo dom de Deus. Com­preen­de-se, no ho­ri­zon­te des­se des­fe­cho de­ci­si­vo, a im­por­tân­cia de se ge­ren­ciar, com qua­li­da­de, os di­ver­sos ci­clos da exis­tên­cia. É im­pres­cin­dí­vel qua­li­fi­car-se, hu­ma­na e es­pi­ri­tual­men­te, pa­ra re­ger os di­fe­ren­tes pro­ces­sos da vi­da, de mo­do ade­qua­do.

A sa­be­do­ria pa­ra se vi­ve­rem ci­clos con­ta mui­to tam­bém na con­fi­gu­ra­ção ou re­com­po­si­ção do te­ci­do so­cial e po­lí­ti­co de uma so­cie­da­de. As elei­ções de 2018, com suas pe­cu­lia­ri­da­des e mui­tos de­sa­fios, sig­ni­fi­ca­ram o fe­cha­men­to de um mo­men­to po­lí­ti­co. Ago­ra, nos pri­mei­ros pas­sos de uma no­va eta­pa, é ain­da mais fun­da­men­tal a par­ti­ci­pa­ção dos ci­da­dãos, das ins­ti­tui­ções e di­fe­ren­tes seg­men­tos da so­cie­da­de. Con­fi­gu­ra-se no ho­ri­zon­te a exi­gên­cia de re­for­mu­la­ções pro­fun­das, a subs­ti­tui­ção de di­nâ­mi­cas, a ado­ção de téc­ni­cas mo­der­nas pa­ra res­pos­tas efi­ca­zes. Um tem­po pa­ra re­pen­sar e re­de­fi­nir a so­cie­da­de bra­si­lei­ra.

Não fal­te lu­ci­dez pa­ra o mea-cul­pa que se fi­zer ne­ces­sá­rio, nem a aber­tu­ra pa­ra o diá­lo­go, de mo­do a su­pe­rar in­to­le­rân­cias. As­sim, não se per­de­rá o va­lor da de­mo­cra­cia. Ca­da pes­soa e di­fe­ren­tes ins­ti­tui­ções es­ta­rão uni­das pa­ra su­pe­rar des­tru­ti­vas po­la­ri­za­ções e acu­sa­ções. As mui­tas di­fe­ren­ças não se­rão obs­tá­cu­los pa­ra os avan­ços, pois pre­va­le­ce­rá a for­ça da uni­da­de e da co­mu­nhão que per­mi­tem ao po­vo se re­co­nhe­cer co­mo per­ten­cen­te a uma mes­ma pá­tria. Avan­ços e cor­re­ções, con­quis­tas e no­vas res­pos­tas se­rão pos­sí­veis se to­dos fo­rem apren­di­zes da sa­be­do­ria dos ci­clos.


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