Eleitos
Depois das urnas,
controle e fiscalização
Uriel Villas Boas
São Paulo – SP
“O destaque de ontem em todo o Brasil foi a eleição no segundo turno. E a importância de votar é o objetivo maior à escolha dos ocupantes dos Legislativos e, sobretudo, dos Executivos. Mas o eleitorado não pode ficar limitado ao voto, é preciso muito mais, sendo fundamental avaliar e formalizar mecanismos de controle e fiscalização do ocupante do mandato, evitando o corporativismo ou manobras inadequadas. Votar não é cumprir a legislação e ficar esperando que as coisas positivas aconteçam ou cobrando ações imediatistas. É, sobretudo, a participação com um calendário de ações coletivas.”
Internet
Fake news: um
problema há 22 anos
José Henrique Portugal
Belo Horizonte
“Sobre as fake news e limites ao WhatsApp, é necessário lembrar que há quem prove do próprio veneno. Alguns setores se posicionaram contrários à Lei de Combate aos Crimes Cibernéticos, conforme projeto de lei defendido pelo ex-senador Eduardo Azeredo – intensamente criticado ao alertar sobre os riscos que o país viria a enfrentar. Foram também contra a participação do Brasil em acordos internacionais, como a Convenção do Cibercrime de 2001, do Conselho da Europa, com 64 nações signatárias, incluindo EUA, Japão, Canadá e outros 14 países não europeus, celebrada em Budapeste. O retrospecto dessa luta contra as fake news digitais vai a 1996, um ano depois da chegada da internet ao Brasil, quando apresentada a proposta do projeto de lei para incluir no Código Penal a divulgação de notícias falsas como crime.
atriz conhecida.”
ESTRADAS
Alerta sobre acidentes com caminhões
Pedro Braga
Belo Horizonte
"Além do estado lamentável de nossas estradas, da imprudência de muitos motoristas e das más condições de manutenção dos caminhões mais velhos, especialmente freios, queria chamar à atenção para um fator geralmente esquecido e que é causa indireta de acidentes: a baixa velocidade de muitos caminhões. Especialmente nas subidas, em estradas de mão dupla, esse fator é a origem de engarrafamentos às vezes quilométricos. Isto irrita os motoristas a um ponto que se sentem propensos a ações perigosas para poder fugir deste grave inconveniente. Em países mais desenvolvidos, os caminhões, mesmo carregados, trafegam nas velocidades-limite permitidas, sem reduzir a marcha nas subidas. Por que isso? A razão é a relação potência e carga. Os caminhões devem ter motores com potência suficiente para trafegar em velocidades normais com sua carga máxima nominal.
MUDANÇA
Cidadão conta a
reviravolta do amigo
Jeovah Ferreira
Brasília
"'Na minha mão, calo não'. Essa frase sempre era dita por um amigo meu. No colégio, ele recebeu o apelido de 'Soneca'. Ele dormia o tempo todo na sala de aula. Colecionava nota vermelha. Um dia, decidi deixar a nossa cidadezinha indo para a cidade grande em busca de emprego. Era janeiro de 1984, época em que surgiu o MST.