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Ao vencedor, os desafios

O presidente eleito precisa aproveitar o capital político conquistado nas urnas para aprovar as medidas que já vêm com atraso


postado em 29/10/2018 05:04

Terminada uma das mais polarizadas disputas das últimas eleições, as urnas apontam o vencedor. Os cidadãos escolheram Jair Bolsonaro para conduzir os destinos nacionais nos próximos quatro anos. Não será tarefa fácil. Ele recebe um país dividido entre nós e eles. Aí reside o primeiro desafio a enfrentar de peito aberto. Há que unir a sociedade. Ao vestir a faixa presidencial, o novo inquilino do Planalto assume o compromisso de governar para todos os brasileiros – independentemente de cor, sexo, religião, partido. Moderar posições políticas constitui mandamento da democracia.


Os hercúleos embates que tem pela frente exigem a participação de todos. No Legislativo, são 30 agremiações, nenhuma com 11% da Câmara. Aprovar as indispensáveis reformas (com ênfase na Previdência) para pôr a economia nos trilhos, reconquistar a confiança dos mercados e atrair investimentos exigirá negociação habilidosa, em que jogos de interesses sejam ponderados para o bem do país. Sem tempo a perder, jogo rápido se impõe. O presidente precisa aproveitar o capital político conquistado nas urnas para aprovar as medidas que já vêm com atraso.


Adiar iniciativas inadiáveis condenará o país a afundar na crise cuja face trágica são quase 13 milhões de desempregados, 4,8 milhões de desalentados, renda em queda, empresas falidas, infraestrutura sucateada, saúde enferma, educação caduca, meio ambiente carente de avanços, segurança em frangalhos, cérebros em fuga, produtividade do trabalhador no chão – 50º lugar entre 68 países. A indústria carece de pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico.


A participação do Brasil no mapa planetário da produção industrial, em sete anos, amargou redução de 2,9% para 2% do produto industrial global. Com a reduzida capacidade de produção doméstica de bens de ponta de consumo mundial, distancia-se a perspectiva de criação de empregos de qualidade e cresce o risco de aumento da dependência externa. Há que promover mudança estrutural no desgastado modelo protecionista e investir em avanços tecnológicos.


Bolsonaro herda legado que tem de ser administrado com lucidez e competência. A meta de déficit fiscal para 2019 assusta – nada menos que R$ 139 bilhões. A peleja é que não ultrapasse o sinal vermelho. Por seu lado, recebe o país com inflação sob controle e os juros mais baixos da história. Chegou a hora de dizer a que veio. Na campanha eleitoral, nenhum dos candidatos apresentou programa consistente.


Um olhar para nossa vizinha Argentina ensina lições. Mauricio Macri, eleito para devolver a prosperidade à nação platina, preferiu inciativas paliativas a medidas profundas para corrigir os rumos da economia. Resultado: a inflação bateu em 45%, o peso perdeu 50% do valor, os alimentos subiram 30%, a pobreza aumentou. Perigo semelhante ronda o Brasil caso o presidente opte por procrastinações a fim de prolongar a lua de mel que os mais de 57 milhões de votos lhe asseguram.


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