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O alerta que vem de fora

A beligerância entre os campos políticos opostos não pode se firmar, como vem ocorrendo na nação mais poderosa do planeta


postado em 26/10/2018 05:04



Os últimos acontecimentos nos Estados Unidos, com o envio de pacotes contendo explosivos para críticos e opositores do presidente Donald Trump (Partido Republicano), podem servir de alerta para o Brasil, neste momento em que o país assiste a uma das mais radicalizadas campanhas eleitorais de sua história. Os governantes não têm o direito de instigar o ódio e a violência, como vem fazendo Trump. Isso, mesmo antes de se mudar para a Casa Branca, sede do governo norte-americano, quando ataca, sistematicamente, os que considera seus adversários e inimigos.

O homem público que galga as mais altas posições tem o dever de se pautar pela moderação e racionalidade. A beligerância entre os campos políticos opostos não pode se firmar, sob hipótese alguma, como vem ocorrendo na nação mais poderosa do planeta. Aqui, abaixo da linha do equador, o mesmo não pode e não deve se repetir depois de fechadas as urnas e conhecido o nome do novo presidente da República. Na reta final da disputa, os embates ficam mais acirrados, mas, findo o processo eleitoral, todos devem deixar para trás os excessos de ambos os lados e começar a pensar nas soluções práticas para os inúmeros e graves problemas nacionais.

No hemisfério norte, os adversários do presidente dos EUA o acusam de ser o responsável indireto, e até direto, pela remessa dos explosivos a pessoas que Trump vem criticando com frequência, o que acabou servindo de incentivo para o autor ou autores das tentativas de atentados. Entre os destinatários das bombas – peritos as classificaram como caseiras – estão o ex-presidente Barack Obama, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, derrotada por Trump nas últimas eleições presidenciais em 2016, o megainvestidor George Soros e o ator Robert de Niro, críticos contumazes do republicano. Outro artefato foi encaminhado à sede da rede de televisão CNN, alvo de ataques sistemáticos de Trump.

Nenhum explosivo foi detonado devido àpronta ação das autoridades policiais e do serviço secreto, mas o fato provocou reação em cadeia contra o destempero do presidente norte-americano, que não mede as palavras ao atacar os que considera seus inimigos. Dois influentes políticos do oposicionista Partido Democrata, os líderes da minoria na Câmara dos Deputados e dos democratas no Senado, acusam Trump de ter consentido a violência nos Estados Unidos e dividido o país. O presidente condenou o que classificou como atos terroristas, mas seus opositores querem que ele pare, imediatamente, com o incentivo à violência através de suas acusações.

No Brasil, com o desfecho das eleições daqui a dois dias, todos devem se unir para a escolha dos caminhos mais acertados para tirar o país da situação em que se encontra. Seja colaborando com o novo governo ou fazendo uma oposição responsável, porém firme, qualquer que seja o vitorioso. O certo é que nada justifica e chancela atos violentos contra quem quer que seja, independentemente de coloração partidária e opção ideológica. Que o bom senso prevaleça e que o cidadão de bem não dê espaço para a atuação criminosa dos que usam a violência como arma de intimidação e persuasão. No Brasil, não cabe esse tipo de comportamento político. O clima de tranquilidade e moderação tem de prevalecer e, para isso, é grande a responsabilidade dos ganhadores e perdedores de domingo.


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