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Moderação e equilíbrio

O próximo presidente agirá bem se adotar o discurso da moderação, inclusive para evitar o agravamento do mantra "nós contra eles"


postado em 25/10/2018 05:04


Faltam três dias para o eleitorado brasileiro escolher o novo presidente da República, numa das campanhas mais radicalizadas da história. Independentemente do nome escolhido pelos que comparecerem às seções eleitorais no domingo, o Brasil tem de ser conduzido, nos próximos quatro anos, com a valorização do diálogo e da negociação, num ambiente de paz e tranquilidade, para vencer os obstáculos existentes em praticamente todas as áreas, alguns tidos por muitos como intransponíveis.

A tarefa não será fácil, todos sabem, mas somente com a participação de toda a sociedade os desafios poderão ser transpostos de maneira exitosa. Dentro dessa perspectiva, cabe à oposição – vale lembrar, qualquer que seja o resultado das urnas – uma postura firme e equilibrada, deixando de lado os partidarismos e extremismos que em nada contribuem para a solução dos graves problemas que o país tem pele frente, e que não são poucos.

As forças políticas de oposição ao futuro governo têm a responsabilidade de trabalhar para o bem do Brasil, que está acima de tudo e de todos. Caso o candidato Jair Bolsonaro (PSL) seja o escolhido pelo voto, como indicam as pesquisas de opinião, o Partido dos Trabalhadores (PT) e demais apoiadores da candidatura de Fernando Hadadd devem contribuir para uma melhor atuação do novo governo por meio de uma oposição firme, porém responsável.

O PT não tem o direito de tentar destruir a administração de um mandatário ungido pelo voto popular da maioria do povo brasileiro, como já tentou fazer no passado. Não participou do governo de coalizão de Itamar Franco, no processo de impeachment de Fernando Collor de Mello, e não votou a favor do Plano Real, o programa econômico que tirou o país da hiperinflação e lançou as bases para o crescimento da economia a níveis invejáveis.

Não pode repetir o erro histórico quando se negou a aprovar a Constituição Cidadã, em 1988, após a redemocratização. Que não se repita o gesto extremo da ex-presidente Dilma Rousseff, que após telefonema de seu oponente na eleição de 2014 – numa demonstração de maturidade política, ao optar por uma oposição patriótica –, recusou-se a aceitar o oferecimento de contribuição em pontos de concordância dos programas de governo dos dois campos políticos.

Após a posse do vitorioso nas urnas, o Congresso não deve perder tempo para a retomada das discussões sobre os projetos essenciais para o país. As proteladas reformas – da Previdência, tributária, política, entre outras – têm de pautar a agenda do Legislativo e não podem mais esperar para ser aprovadas, pois são fundamentais para a reconstrução da nação. Que os parlamentares não se esquivem do dever de contribuir para o controle dos gastos governamentais, através do combate sistemático ao déficit público, que no ano que vem pode chegar à casa dos R$ 139 bilhões. O equilíbrio das contas do governo é prioridade absoluta.

O Brasil, pela sua grandeza, tem a oportunidade de dar exemplo de seriedade, honestidade, serenidade e responsabilidade, justamente depois de uma das disputas eleitorais mais acirradas de sua história. Dentro dessa ótica, o próximo presidente da República agirá bem se adotar o discurso da moderação, inclusive para evitar o agravamento do mantra "nós contra eles". E o candidato que perder tem de reconhecer, dentro das mais estritas normas democráticas, a decisão soberana do eleitor e contribuir, mesmo na oposição, para que o Brasil volte a ser respeitado em todo o mundo.


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