Jornal Estado de Minas

ENERGIA

Apagão: luz é restabelecida no Sudeste e Sul; há regiões sem energia


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a luz foi restabelecida totalmente nas regiões Sudeste e Sul do país às 11h40 desta terça-feira (15). Outras regiões do país seguem com problemas no fornecimento de energia. Na região Norte, 30% da carga foi restabelecida. Já no Nordeste, houve o retorno de 80% da transmissão.





 

O apagão atingiu 25 estados e o Distrito Federal, de acordo com a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), e ocorreu às 8h31, quando houve uma falha na interligação que faz a transmissão de energia entre as regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste.

 

Segundo o ONS, houve uma ação conjunta para o reestabelecimento da energia após a queda de 16 mil MW. Apenas o estado de Roraima escapou do apagão, pois não faz parte do SIN (Sistema de Integração Nacional).

Leia:
 Taxa sobre energia solar foi sancionada no governo Bolsonaro, não Lula.

Causas sendo apuradas

As causas do problema ainda estão sendo apuradas. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Saraiva, determinou a criação de um grupo de trabalho com ministério, ONS e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), para averiguar o que ocorreu.





 

No momento do apagão, Silveira estava no Paraguai, acompanhando a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas decidiu retornar ao Brasil.

 

Segundo a Folha de S.Paulo apurou, existem várias possibilidades de caráter técnico em análise sobre o que teria provocado a queda de energia. O ONS avalia se houve um problema na Subestação Xingu, no Pará. Também averigua a interligação entre Serra da Mesa e Gurupi e Gurupi Miracema, em Goiás.


Leia:  Apagão: ONS diz que religamento já foi iniciado e causas são apuradas.

Especialistas no setor dizem que é preciso aguardar a conclusão dos técnicos. O ex-diretor-geral da Aneel Jerson Kelman é um deles. "Nessa altura qualquer hipótese sobre a causa do blackout é mera especulação", afirmou.





 

Kelman avalia que a gestão do sistema vem se tornando mais complexa, o que exige análises mais detalhadas sobre a operação do sistema para averiguar uma queda de energia dessa proporção.

 

"É fato conhecido, por exemplo, que o aumento da participação das fontes eólica e solar, principalmente no Nordeste, pode resultar em abruptas variações de produção local de eletricidade devido à flutuação dos ventos ou passagem de nuvens, causando trancos no fluxo de energia nas linhas de transmissão e na produção das hidroelétricas", afirmou, a título de exemplificação.