Jornal Estado de Minas

VIOLÊNCIA

'Pensei que tinha morrido', diz mulher atacada com carrinho de supermercado


A mulher que foi agredida com um carrinho de supermercado na cidade de Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, deu a versão dela do fato ocorrido na última quinta-feira (16/2). 





Em entrevista ao programa Encontro, da Rede Globo, a vítima relatou que passou pelo supermercado rapidamente para fazer compras. Quando chegou à fila, ela se deparou com o homem que viria a agredi-la. Trata-se de Rogério Santos da Silva, de 37 anos. 

Segundo o relato da vítima, ela viu que o carrinho do homem não estava muito cheio e que ele seria o próximo a passar as compras. Ela estava trocando mensagens no celular e viu quando Rogério saiu da fila para o lado. Quando a mulher deu um passo a frente, ela disse ter sentido o impacto do carrinho e uma dor intensa.

"Eu apaguei na hora. Ficou tudo escuro, eu não sei nem descrever, a dor foi tão intensa. Eu pensei que eu tinha morrido, porque apagou tudo. Eu escutei a minha cabeça quebrando. Foi uma dor intensa", afirmou.




Ainda sobre o contexto do ocorrido, a vítima ressalta que o homem não parecia agressivo, apenas um sujeito normal. Ela diz também que o supermercado não é um ambiente em que haja desavenças frequentes.

"Ele me parecia um pai de família normal. O supermercado não é um ambiente hostil, um ambiente onde as famílias estão ali comprando alimentos para levar para casa", disse.

A vítima também salientou que tem vivido momentos de dor psicológica e moral. Ela também questiona a posição do delegado Guilherme Carvalho Rocha, que considerou o fato como lesão corporal leve e não tentativa de homicídio.

"Além da agressão física, eu estou sentindo a dor psicológica e moral também. Faço uma pergunta às autoridades competentes: se fosse a sua mãe, se fosse a sua filha, se fosse a sua esposa, você consideraria este crime uma lesão corporal leve ou uma tentativa de homicídio? Um crime de menor potencial ou atentado a vida?", completou.

O homem, que tem passagem pela polícia por violência doméstica, vai responder em liberdade.