Jornal Estado de Minas

ESPETÁCULO NO CÉU

Última chuva de meteoros do ano terá pico esta noite; saiba como ver

A última chuva de meteoros de 2022, e uma das mais aguardadas, atinge seu pico nesta semana: a Geminídeas. As noites desta terça (13) e quarta-feira (14) são as melhores oportunidades para ver suas belas "estrelas cadentes", que costumam ser bem brilhantes e até coloridas.





 

Todos os anos, a Geminídeas fica ativa entre 4 a 17 de dezembro. Nos dias de atividade máxima, podem ser vistos até 120 meteoros por hora no hemisfério Norte —no Brasil, esperam-se cerca de 20.

 

Diferentemente da grande maioria das chuvas, gerada por resquícios da passagem de cometas, ela é formada por detritos do asteroide 3200 Faetonte.

 

Por serem mais densas que o "normal", as pequenas rochas espaciais viajam lentamente ao entrar em nossa atmosfera, gerando rastros duradouros e até bolas de fogo esverdeadas.

 

COMO OBSERVAR?

Como toda chuva de meteoros, não é preciso qualquer instrumento especial —a Geminídeas é visível a olho nu, de qualquer ponto do país. Basta saber para onde olhar e esperar (e torcer para o tempo não ficar nublado).





 

Seu radiante (ponto onde os meteoros aparentam convergir), como o nome sugere, é a constelação de Gêmeos. Ela nasce por volta das 22h, a leste (mesma direção onde nasce o Sol) e se põe ao amanhecer, a oeste.

 

Por toda a madrugada será possível observar a chuva. O melhor momento, provavelmente, é após 1h, quando o radiante estará mais alto no céu.

 

Encontre a constelação no céu e fique olhando para esta região — não é preciso fixar o olhar exatamente nela; os meteoros surgem de diversos pontos ao redor.

 

Um site ou app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari ou Stellarium) pode apontar a posição de Gêmeos no momento da observação.

 

O ideal é sentar em uma cadeira confortável, de preferência reclinável, em um local mais alto e com pouca poluição luminosa. Tenha calma; pode demorar muitos minutos até uma estrela cadente surgir.

 

A Lua ainda bem brilhante, cerca de 70% cheia, pode ofuscar a observação.