(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ASSÉDIO E EXTORSÃO

Sextorsão: 6 em cada 10 vítimas de chantagem sexual no Brasil são mulheres

Crime envolve ameaças ligadas à divulgação de imagens íntimas para extorsão financeira; 62% das vítimas são mulheres


27/06/2022 12:46 - atualizado 27/06/2022 13:11

Mulher com unhas vermelhas mexendo em um notebook
Mulheres são maioria das vítimas de crimes de sextorsão no Brasil (foto: Pxhere/Reprodução (imagem ilustrativa) )
Atualmente, seis em cada 10 vítimas de sextorsão - crime que envolve ameaças sobre divulgação de imagens íntimas - são mulheres. O número corresponde a 62% dos casos registrados pela justiça brasileira. Dos golpes que chegam ao conhecimento da polícia, a maioria provém do ambiente virtual. 

É entre uma publicação e outra nas redes sociais, ou por troca de e-mails, que criminosos acompanham a vida das vítimas. O objetivo: a extorsão financeira com base na exposição da intimidade, relata a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Ivana David. 

“Eventualmente, a vítima e o autor do crime começam a se comunicar, sob uma promessa de um relacionamento amoroso ou oferecendo trabalhos como modelo”, comenta a desembargadora. Ao criar um vínculo, o autor passa a pedir fotos íntimas. 

“Ele então começa a exigir que ela faça alguma coisa e ameaça publicar aquelas fotografias em troca de algum favor ou dinheiro”, continua. As fotos, então, são vazadas para sites pornográficos e para a deep web. 
 
A sextorsão prevê pena de dois a cinco anos de prisão, como previsto no Artigo 158 do Código Penal, de acordo com o tipo penal da extorsão. Em casos em que a vítima é menor de idade, o tempo pode aumentar. Plataformas e usuários que compartilham o conteúdo também podem responder criminalmente. 

O que fazer em casos de chantagem? 


“O primeiro passo é sempre fazer um boletim de ocorrência”, explica a desembargadora. Em casos de exposição nas redes sociais, a vítima deve também solicitar à plataforma a remoção do conteúdo. Caso não seja acatado, um processo legal será aberto para exigir a retirada das publicações do ar. 

Ivana ressalta ainda a importância de arquivar o conteúdo, para fins de investigação. “É muito comum a vítima destruir o conteúdo, mas esse material é muito importante como prova”, ressalta. Para a magistrada, o melhor caminho é buscar o sistema de justiça 

*Estagiaria sob supervisão


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)