Jornal Estado de Minas

TRAGÉDIAS

Autoridades confirmam 106 mortes pelas chuvas em Petrópolis

 
Um novo balanço de mortes pelas chuvas em Petrópolis foi divulgado pelas autoridades na tarde desta quinta-feira (17/2). Até o momento, são 106 óbitos confirmados, sendo que 101 estão sendo reconhecidos no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. 




 
 
Entre as vidas perdidas, o balanço indica que 65 são de mulheres e 36 de homens. O levantamento também mostra que 33 pessoas foram identificadas.
 
A Polícia Civil divulgou que pelo menos 134 pessoas estão desaparecidas. Outras 25 foram socorridas das águas com vida e mais de 700 foram levadas para pontos de apoio, a maioria em escolas.
 
 
Uma força-tarefa com cerca de 200 peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias está trabalhando para agilizar a identificação e liberação dos corpos. 




 
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Os bombeiros entraram no terceiro dia de buscas. Os trabalhos de resgate resultaram no salvamento de 24 pessoas até a noite de ontem. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já havia preparado uma lista com os nomes de mais de 30 desaparecidos.
 
Mais de 20 pontos de deslizamento foram registrados em toda a cidade. Apenas no morro da Oficina, no Alto da Serra, um dos locais mais atingidos, dezenas de casas foram soterradas. Há ainda casos de pessoas que foram levadas pelas cheias nas ruas.
 
Os funcionários do transporte coletivo que trabalhavam nos dois ônibus arrastados para dentro do rio Quitandinha conseguiram sobreviver. 
 
O governador Cláudio Castro (PL) está na cidade desde esta quarta-feira (16/2) para acompanhar os trabalhos de resgate.A previsão é de que ele se encontre nesta sexta-feira (18/2) com o presidente Jair Bolsonaro, que vai sobrevoar a região atingida. 
 
Castro afirmou que essa foi a pior chuva da região desde 1932. Outros desastres já ocorreram na serra fluminense. Em 1988, foram 134 mortos em Petrópolis. Em 2011, 918 pessoas morreram e outras dezenas desapareceram na região serrana, principalmente em Nova Friburgo e Teresópolis.