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Estado de Minas CONFUSÃO

Idosa acorda dentro de caixão após oito horas de velório no Mato Grosso

Aos 93 anos, "Dona Caluzinha" tinha sido dada como morta por um hospital, mas um dos presentes notou que ela tinha temperatura corporal estranhamente alta


13/10/2021 16:29

Imagem de túmulo
Familiares lamentaram o fato de a idosa ter sido submetido aos preparos para o velório, tendo o nariz e a boca tapados por algodão, mesmo ainda viva (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

A família de Carolina Lopes de Almeida, de 93 anos, foi pega de surpresa durante o velório da idosa na cidade de Guiratinga, interior do Mato Grosso. Depois de oito horas de cerimônia, um dos presentes notou que dona Caluzinha, como é conhecida na região, estava com a temperatura corporal mais alta do que o comum e um médico foi chamado.

Com sinais vitais constatados, a idosa foi encaminhada ao Hospital Municipal Oswaldo Cruz. Apesar de tudo, logo depois ela foi novamente dada como morta pela unidade de saúde. Ela foi sepultada no domingo (9/10). A história se espalhou pela região através do perfil do ator e comediante Ataíde Arco Verde, que mora na cidade.

"Oito horas depois do velório rolando, dona Caluzinha está quente. Aí alguém olha para dona Caluzinha, eis que ela abre o olho e dá uma piscada. Bom, nem preciso falar para vocês, a metade correu do velório e a metade correu para ver se dona Caluzinha estava mesmo viva", contou.



De acordo com o site Repórter MT, uma equipe médica chegou a fazer manobras de ressuscitação no corpo, mas não conseguiram fazer com que ela recobrasse a consciência. Por volta das 19h, outros profissionais de saúde do hospital constataram o óbito, mas não esclareceram as possíveis causas da confusão.

Ainda segundo o texto, ela conviva com o mal de Alzheimer há cerca de 20 anos e tinha a saúde debilitada, mas era muito querida pela família e pela comunidade. Os familiares lamentaram o fato de a idosa ter sido preparada para o enterro, com chumaços de algodão introduzidos no nariz e na boca. Segundo eles, o socorro talvez pudesse ter funcionado, caso os procedimentos não tivessem sido feitos.
Nos comentários da publicação do Instagram, moradores da cidade comentam que tiveram esperanças de que a idosa estivesse mesmo viva. A família não divulgou a causa da morte e prefere não dar entrevistas. Procurado pelo Correio, o Hospital Municipal Oswaldo Cruz informou que, devido ao feriado, não há ninguém que possa comentar sobre o assunto na unidade.

Caso raro
Ainda que não se tenha certeza sobre o diagnóstico da idosa, uma condição clínica chamada catalepsia pode levar a uma falsa morte. Neste caso, os sinais vitais são bastante reduzidos, a pessoa fica paralisada, os músculos enrijecidos e sem a maioria dos reflexos.

O surto em geral, dura até dez minutos, mas pode chegar a horas ou dias. A prevalência na população é de 2,4% e, normalmente, está associado a doenças do sono (narcolepsia), e outros quadros clínicos como epilepsia e transtornos psiquiátricos graves.

Mesmo assim, o mais comum é que ocorram erros na presunção da morte. Como no caso de uma idosa de 75 anos que acordou minutos antes da própria cremação na Índia. Ela desmaiou a caminho do hospital e foi encaminhada direto para o serviço funerário, sem uma avaliação mais minuciosa.

Em Guiratinga, os relatos dão conta de que trabalhadores da funerária chegaram a notar movimentos leves em dona Caluzinha, mas atribuíram a percepção aos espasmos que podem ocorrer em cadáveres algumas horas após a morte.


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