Com o resultado da perícia nesta terça-feira (6/7), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) concluiu o inquérito que investigava a morte de Rosineide e Willis Oliveira. O casal foi vítima de uma intoxicação por Dietilenoglicol, um solvente industrial, que estava em um suposto óleo de semente de abóbora consumido após compra na internet.
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Após uma semana, menina espancada pelo vizinho está em estado grave COVID-19: Amazonas não registra morte pela primeira vez desde abril de 2020Caso Henry: mãe diz que não tem culpa pela morte do filhoA polícia começou a investigar as causas da morte do casal — sob o comando de Rodrigo Rosa, delegado do 12º Distrito Policial da Serra — após o filho deles suspeitar do óleo de semente de abóbora. “Fizemos um laudo preliminar e constatamos que não era óleo de semente de abóbora. Em buscas na sede da empresa desse suspeito, o que encontramos foi um local improvisado, com produtos armazenados, inclusive, ao lado de um vaso sanitário. Ele usava óleo de girassol com corantes e saborizantes”, detalhou Rosa ao portal G1.
Prisão
Segundo as investigações, o homem responsável pelo óleo de semente de abóbora tóxico foi preso por estelionato, crime contra a ordem econômica, falsificação de produto terapêutico e agora por homicídio culposo. Ele tem 34 anos e não teve a identidade revelada pela polícia.
Para chegar até o homem que vendia os supostos óleos de semente de abóbora na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, a PCES fez uma operação conjunta com a Polícia Civil de São Paulo (PCSP).
De acordo com a perita criminal que fez a análise do produto, Daniela de Paula, a substância ingerida pelo casal não tinha nada de óleo vegetal, além de ter uma quantidade de dietilenoglicol 130 vezes maior do que o suportado por um adulto por via oral. O solvente causa casos graves de insuficiência renal e hepática, que podem levar até a morte.