Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

Preso homem que se passava por sugar daddy para abusar de jovens no DF

Investigadores da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher I (Deam I), da Asa Sul, cumpriram, nesta segunda-feira (11/5), mandado de prisão e de busca e apreensão contra um homem, 45 anos, investigado por cometer crimes sexuais contra jovens do Distrito Federal. O acusado se passava por “sugar daddy” — expressão definida como homem rico que busca mulher mais nova para relacionamento com trocas — e, após seduzir as vítimas, as ameaçava, obrigando-as a fazer vídeo chamadas.





O acusado foi preso em Goiânia (GO) — distante cerca de 202 km de Brasília — na casa onde residia com a mãe. Contra ele, há sete ocorrências de jovens, com idade média de 21 anos, que relataram ter sofrido abusos sexuais. Segundo as investigações, os crimes teriam começado em 5 de julho do ano passado. A última ocorrência contra ele foi em 27 de março deste ano, no Gama.

Durante a operação, a polícia apreendeu celulares, notebook e dinheiro (foto: PCDF/Divulgação)

Por meio do site “Meu Patrocínio”, rede social destinada aos “sugar daddy” e “sugar baby”, o criminoso criava um perfil, se passando por um homem milionário e mais velho. Na plataforma, ele abordava as jovens e as convidava para sair. “O encontro era marcado em um motel, onde eram praticados atos sexuais consensuais com a vítima. Mas, em determinado momento, em ato libidinoso e sem o conhecimento ou vontade da mulher, o autor realizava filmagens da relação sexual”, explicou a delegada-titular da Deam I, Ana Carolina Litran.

Chantagem

Dois dias depois do ato, o homem dava início às chantagens e passava a ameaçar as jovens, afirmando que, caso ela não realizassem uma chamada de vídeo para a prática sexual, teriam as filmagens divulgadas nas redes sociais. “Algumas delas chegaram a ser vítimas de estupro virtual, mediante ameaça e sem vontade expressa”, detalhou a delegada.





Em depoimento, uma das jovens relatou que conheceu o homem pelo aplicativo e os dois passaram a conversar e trocaram o telefone. Ela alegou que realizou chamadas de vídeo e que, nesse momento, ele solicitou que ela desfilasse sem roupa. Durante a filmagem, o autor teria copiado e printado a tela, passando a ameaçá-la pedindo para que a mesma continuasse a fazer as chamadas, caso contrário ele mandaria as imagens para os amigos e familiares da vítima.

O homem também é acusado de fazer vítimas nas cidades da Candangolândia, Planaltina, São Sebastião, Taguatinga e Brasília, além da internet.

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