Jornal Estado de Minas

FEMINICÍDIO

Marido é condenado a 31 anos de prisão pela morte de Tatiane Spitzner

Luis Felipe Manvailer foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão pelo homicídio qualificado da esposa, Tatiane Spitzner. A decisão do júri popular saiu na noite desta segunda-feira (10/5), após sete dias de julgamento. Manvailer também foi condenado por fraude processual. A defesa ainda pode recorrer da sentença.





O caso aconteceu em julho de 2018, na cidade de Guarapuava, que fica na Região Central do Paraná. Tatiane foi encontrada morta após cair da sacada do apartamento onde morava com Luis Felipe.

Na decisão, o juiz não permitiu que o réu possa recorrer da decisão em liberdade e manteve sua prisão preventiva. Ele está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava há dois anos e nove meses. 

Além disso, o magistrado determinou o pagamento de R$ 100 mil aos pais de Tatiane a título de indenização por danos morais.

O júri popular de Luis Felipe foi composto por sete homens e começou na última terça-feira (04/05) de maio. Ele foi condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio qualificado (feminicídio, motivo fútil e meio cruel, com emprego de asfixia) e a 1 ano e nove meses por fraude processual. 

Queda do 4° andar

Luís Felipe Manvailer, professor universitário, era casado com a advogada Tatiane Spitzner desde 2013. O casal não tinha filhos.

Ela foi encontrada morta após cair do 4º andar do apartamento onde morava. Luis Felipe negou ter matado a esposa. Porém, imagens da câmera de segurança do prédio mostraram que a advogada sofreu agressões do marido, antes de ser encontrada sem vida. 





O julgamento do acusado foi adiado por três vezes. 

Sete dias de julgamento

O júri popular do caso durou sete dias.

O Conselho de Sentença (jurados) era composto por sete homens. Entre as 30 pessoas convocadas para participar do sorteio, quatro mulheres foram sorteadas, mas acabaram dispensadas por pedidos da defesa.

Em três casos, a dispensa foi sem motivo, o que é um direito da defesa. Porém, a quarta dispensa foi autorizada pelo juiz. Os advogados alegaram que a jurada sorteada havia curtido uma página de apoio a Tatiane Spitzner em uma rede social.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira
 

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