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Estado de Minas LUTO

Fotojornalista Lilo Clareto morre aos 61 anos, vítima da COVID-19

Lilo, que passou por grandes redações no Brasil, atuava como freelancer desde 2008


22/04/2021 08:10 - atualizado 22/04/2021 08:10

(foto: Reprodução)
(foto: Reprodução)
Poeta, despojado e referência na luta por justiça social, o fotojornalista Lilo Clareto, de 61 anos, teve a morte confirmada nesta quarta (21/4), vítima da COVID-19. Deixa mulher, quatro filhos e incontáveis amigos, Ex-Estadão e revista Época, foi responsável por fotografias históricas e acumulou prêmios e contribuições para diversos veículos estrangeiros.

Atuava como freelancer desde 2008. "Lilo foi uma pessoa muito especial e um dos grandes do fotojornalismo brasileiro. Muito querido por todos que conviveram com ele", diz David Friedlander, editor-chefe do Estadão.

Em 2017, Lilo saiu de São Paulo e foi morar em Altamira, no Pará, onde trabalhou com ribeirinhos e indígenas. Amigos suspeitam que tenha contraído o coronavírus ao documentar a crise humanitária durante a construção da hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia. Sem plano de saúde, ele chegou a ser atendido em hospital público de Altamira.

A gravidade do quadro, no entanto, inspirava mais cuidados do que a rede, superlotada, poderia oferecer. Numa demonstração de como Lilo era querido, no dia 21 de março sua família conseguiu arrecadar dinheiro e fretar uma UTI aérea que o trouxe para o Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Para pagar o tratamento, a campanha Respira, Lilo! levantou R$ 215,8 mil até o momento. A meta era R$ 300 mil. Imagens feitas por ele foram postas à venda. Internado, ele foi submetido a traqueostomia e a duas cirurgias de risco. A morte foi informada na manhã de quarta-feira (21/4). "Lilo Clareto mandou dizer que respira. Mas não precisa mais de ar. Saiu da UTI para habitar um lugar ao qual não temos mais acesso", diz o texto da página da campanha.

Apelido

Maurilo Clareto nasceu em uma família numerosa em Passos (MG), onde o pai administrava uma fazenda de usina açucareira. Foi a irmã caçula, Inês Costa, que lhe deu o apelido: ele virou Lilo porque ela ainda não sabia falar direito Maurilo. "Acabei captando a sua alma nesse apelido, que ele próprio adotou como sua essência", escreveu Inês, na semana passada.

A carreira de Lilo foi marcada por denunciar crimes ambientais e violações dos direitos humanos. Nos últimos anos, trabalhou em parceria com a jornalista Eliane Brum. "Nosso Lilo virou árvore, rio, floresta. Virou vaga-lume, borboleta amarela na Terra do Meio", diz parte do texto que ela publicou em homenagem ao amigo.

Amante da MPB, ele transformava uma passada no boteco em cantorias de varar madrugada. "Ele conseguia enxergar grandes fatos em pequenos detalhes. Essa sensibilidade no olhar abria a visão de todos nós", diz o fotojornalista JF Diorio, com quem atuou no Estadão. "Não precisava estar na Olimpíada. Uma caminhada na Praça da Sé já virava uma grande foto."

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:


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