Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID-19: morre enfermeiro que defendia tratamento precoce e contra vacinas

O enfermeiro Anthony Ferrari, de 45 anos, morreu na noite desse domingo (18/4) por complicações causadas pela COVID-19. O profissional de saúde ficou conhecido nas redes sociais por divulgar informações falsas sobre vacinas e supostos tratamentos para combater o coronavírus.





A morte foi confirmada pela Secretaria Municipal de Comunicação de Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. De acordo com a prefeitura, ele morreu no Hospital São José, destinado para atender pacientes com COVID-19.

No início da noite desta segunda-feira (19/4), a família também se pronunciou sobre o falecimento do enfermeiro em um post no Facebook, assinado por sua esposa Natalia Comam Ferrari. 
 
 

O profissional ficou conhecido nas redes sociais por declarações falsas em relação às vacinas e ao coronavírus. 

Ferrari divulgou vídeo afirmando que o médico voluntário no ensaio clínico da vacina de Oxford teria sido “vítima da vacina”. Ele também dizia que o imunizante poderia causar Alzheimer, doença degenerativa que afeta a memória, e fibromialgia, que causa dor e fadiga.





Em uma live no Facebook, o enfermeiro afirmou que a vacina da Pfizer contra a COVID-19 podia causar paralisia facial e choque anafilático.

Ele também defendia o uso de ivermectina no combate à doença. Segundo ele, a droga poderia salvar vidas e que haveria estudos que provam sua eficácia. Além disso, países como Etiópia e a Austrália teriam poucos casos por fazerem uso profilático do remédio.

Porém, todas as informações são falsas.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria 

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