Jornal Estado de Minas

ALTERAÇÃO

ANS atualiza lista de cirurgias com cobertura geral dos planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde (ANS) informou em nota que atualizou um novo rol de procedimentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde, regulamentados após a Lei nº 9.656, ampliando a cobertura para mais tipos de exames, terapias e cirurgias.



Serão cobertas técnicas mais avançadas, que se aproximam da velocidade de evolução das terapias e tecnologias médicas. A cobertura dos planos de saúde será total nesses procedimentos. 

A medida começa a vigorar a partir de 1º de abril deste ano. Esse período de aprovação até a implantação será necessário para os planos de saúde se adaptarem ao novo método.

Entre estes novos procedimentos segue a lista de alguns procedimentos incluídos:

  • Enteroscopia do intestino delgado com cápsula endoscópica
  • Ablação Percutânea por corrente de crioablação para tratamento de fibrilação atrial paroxística 
  • Ensaio para dosagem da liberação de interferon gama
  • Artroplastia discal de coluna vertebral
Para conferir a lista completa, acesse o site da ANS 
 
Cirurgias sem internação, ou seja, menos invasivas e com menor tempo de recuperação, estão incluídas também. Um exemplo disso é  a cirurgia endoscópica da coluna, que existe há 30 anos, mas que nos últimos 10 anos tem ganhado força por conta da evolução dos aparelhos endoscópios.





Segundo o ortopedista e cirurgião da coluna, Daniel Oliveira, "a cobertura total de uma cirurgia endoscópica da coluna, por exemplo, é importante. O procedimento exige um corte bem pequeno, menor que 7mm, mantendo preservada toda a musculatura e todas as estruturas que envolvem a coluna’’. 

O trauma cirúrgico é mínimo e a recuperação é extremamente rápida, segundo o especialista, enfatizando que o paciente geralmente é operado e vai para casa no mesmo dia do procedimento. Dependendo da função em que o paciente trabalha, ele pode voltar ao trabalho em poucos dias ou semanas. 

A ampliação da cobertura de determinados procedimentos pelos planos de saúde visa principalmente diminuir o tempo de afastamento de trabalhadores com problemas de coluna, considerando que este problema é a terceira causa de aposentadoria por invalidez no Brasil e requer mais tempo para ser coberto pela Previdência Social.

A ANS ressalta ainda que esse tipo de cirurgia somente podia ser feito de forma particular, com alto custo, o que limitava o número de pessoas com problemas de coluna com acesso ao procedimento. 
 
É uma economia de aproximadamente bilhões para a Previdência Social, já que o número de pessoas recebendo auxílio-doença ou se aposentando antes da idade limite, vai diminuir consideravelmente.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 





audima