Jornal Estado de Minas

CORRIDA PELA VACINA

Brasil não está entre os países que receberão primeiras vacinas da Índia

A Índia começará nesta quarta-feira (20/1) a exportação da vacina de Oxford/AstraZeneca, desenvolvida pelo laboratório Serum Institute of India, a países vizinhos. O Brasil, que aguarda receber um lote com dois milhões de doses do imunizante, não foi citado na nota do governo indiano. A exportação começará por países vizinhos, e apenas Butão, Bangladesh, Nepal, Maldivas, Seychelles e Mianmar foram citados pelo governo da Índia.





A nota do Ministério de Relações Exteriores da Índia, divulgada nesta terça-feira (19), diz ainda que Sri Lanka, Afeganistão e Ilhas Maurício aguardam a confirmação de autorizações regulatórias necessárias para que a exportação seja feita.

O Brasil, que não é citado em nenhum momento pelo governo indiano, aguarda o recebimento de dois milhões de doses da vacina de Oxford, que foi produzida na Índia. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no último domingo (17) o uso emergencial desse lote do imunizante no Brasil.

Avião
O Ministério da Saúde chegou a anunciar na última semana o envio de uma aeronave para buscar as vacinas na cidade indiana de Mumbai. O retorno estava marcado para acontecer no domingo (17), mas o avião nem chegou a decolar. Na última sexta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro informou que a aeronave deveria atrasar a partida em dois ou três dias. No entanto, até esta terça-feira (19) não há previsão para o recebimento das doses. 





Diante do atraso da entrega das doses da vacina, Bolsonaro se reuniu na manhã da segunda-feira (18) com embaixador indiano no Brasil, Suresh K. Reddy, para uma reunião no Palácio do Planalto.

Questionado sobre o encontro do presidente com o embaixador indiano e sobre uma previsão para a entrega das vacinas, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que, até o momento, não existia uma resposta positiva da saída do avião. O general afirmou, durante coletiva de imprensa realizada ainda nesta segunda (18), que o governo brasileiro faz reuniões diplomáticas com a Índia todos os dias, mas indicou que o fuso horário é “complicado”.

“Todos os dias, temos tido reuniões diplomáticas com a Índia, todo dia. O fuso horário é muito complicado. Estamos recebendo a sinalização de que isso deverá ser resolvido nos próximos dias desta semana. Não tenho a resposta positiva de saída até agora”, disse.

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