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Estado de Minas COVID-19

Especialistas combatem fake news sobre a CoronaVac nas redes sociais

Informações de fontes confiáveis esclarecem internautas pegos numa onda de contestação sem fundamento sobre a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan


13/01/2021 06:00 - atualizado 13/01/2021 08:22

'Nesse momento de fake news e de mentiras, a gente tem que ter uma estrutura de comunicação muito potente, coisa que está faltando no Brasil' - Unaí Tupinambás, infectologista(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press - 30/12/2020)
'Nesse momento de fake news e de mentiras, a gente tem que ter uma estrutura de comunicação muito potente, coisa que está faltando no Brasil' - Unaí Tupinambás, infectologista (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press - 30/12/2020)


Após a divulgação da taxa de eficácia global da CoronaVac, por parte do Instituto Butantan, uma onda de desinformação tomou conta das redes sociais. Em várias postagens, usuários colocaram em xeque a importância da vacina contra a COVID-19, desenvolvida pelo laboratório Sinovac Biotech, da China, que, no Brasil, tem parceria com a instituição do governo de São Paulo. Infectologistas preocupados com as fake news esclarecem que os resultados do imunizante são positivos e alertam os internautas para buscarem informação qualificada sobre a vacina.
 
Enquanto a polêmica ganhou força, o Brasil registrou ontem 1.110 mortes provocadas pela COVID-19 em 24 horas, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. O número total de óbitos no país alcança 204.690. A pasta notificou ainda 64.025 novos diagnósticos de COVID-19, elevando os registros desde o início da pandemia a 8.195.637.
 
Para o infectologista e membro do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 de Belo Horizonte, Unaí Tupinambás, é preciso reforçar as estruturas de comunicação para que a informação da eficácia seja levada corretamente ao público. Para o especialista, o problema precisa ser corrigido no Brasil.
“A gente não vai acabar com a pandemia só com vacina. O ebola, na África, teve várias questões com comunicação, consciências sociais. Agora, nesse momento de fake news e de mentiras, a gente tem que ter uma estrutura de comunicação muito potente, coisa que está faltando no Brasil”, pontuou Unaí.
 
O infectologista acredita que a apresentação dos dados de eficácia da CoronaVac poderia ter sido melhor elaborada, mas ressalta que a vacina pode aliviar o sistema de saúde que, em Belo Horizonte, por exemplo, está pressionado, com margem de ocupação de leitos de terapia intensiva acima dos 85%.
 
“A vacina é sensacional, é tudo de bom. Pode acabar de pressionar o sistema de saúde e pode abrir as cidades. Não estaremos preocupados com leitos de terapia intensiva mais. De uma hora para outra, quando vacinarmos a população mais vulnerável, essa demanda que está entre 86% e 87% de ocupação de leitos de terapia intensiva, cai para zero em 30 dias, algo assim”, afirmou.
 
Quem também acredita que houve ruído na comunicação durante a apresentação dos dados de eficácia da CoronaVac foi José Antônio Lima, editor-assistente do Projeto Comprova. Para o jornalista, o fato de os números terem sido divulgados separadamente atrapalhou a interpretação da população, uma vez que, em um primeiro momento, percentuais superiores para diferentes casos foram mostrados pelo Instituto Butantan e pelo governo de São Paulo.
 
“Se desde o início a gente já tivesse esse dado de 50% que foi divulgado hoje, contemplando os outros dados de 78% (de eficácia) para casos de internação e o outro (de 100% de eficácia) para casos mais graves, o impacto teria sido mais positivo. A transparência é essencial para o serviço público”, concluiu.
 
Série de tuítes feitos, ontem, pelo epidemiologista Márcio Bittencourt sobre os resultados dos testes com a CoronaVac apresentando pelo Instituto Butantan viralizou nas redes sociais. Nas postagens, o médico explica os níveis de eficácia do imunizante e garante que eles são “muito bons”. Destaca também a vacina como um “espetáculo”.
 
Segundo o epidemiologista, a CoronaVac “passou na prova”. “A próxima pergunta é se a vacina é segura. Sim, a Coronavac é”, afirmou. Bittencourt também deu explicações sobre a fase 3 dos estudos que comprovaram a eficácia de 50,38%. “Como já foi dito, muitas vezes, a COVID-19 é só uma gripinha, às vezes ela é uma gripona e às vezes ela mata. Por isso, criamos uma classificação de gravidade em 10 níveis que podem ser agrupados em leve, moderado e grave”, explica. *Estagiária sob a supervisão da subeditora Marta Vieira

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.


transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia
  • Em casos graves, as vítimas apresentam:
  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
  • Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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